domingo, 24 de novembro de 2019

Exposição “A(mar) Sophia” divulga a vida e a obra desta grande autora portuguesa


No âmbito do centenário do nascimento da escritora Sophia de Mello Breyner Andresen, a Biblioteca da ESGB criou uma exposição que pretende homenagear um dos grandes vultos da literatura portuguesa.
A exposição, que se desenvolve em três núcleos, pretende mostrar a diversidade e a dimensão da obra da autora e ilustrar alguns momentos marcantes da sua vida.
Assim, num dos painéis mostram-se as capas de cada um dos livros de Sophia, sendo que, na sua esmagadora maioria, se tratam de capas de primeiras edições. De entre os vários livros de poesia, destacam-se, também, as obras que Sophia escreveu, sobretudo, para crianças, por considerar as histórias existentes pouco adequadas a esse público. Muitas delas foram imaginadas em períodos em que os filhos estavam doentes e Sophia tinha de os entreter contando-lhes histórias.
O painel das fotografias mistura o preto e branco e a cor. As primeiras reportam-se a uma fase mais remota da vida da autora, e as segundas ao período final da sua vida, e até, à atualidade. Mostram-se o Miradouro da Graça, com o busto de Sophia, o Jardim Botânico do Porto, onde passou muitas horas do seu tempo de meninice e onde imaginou muitas das suas personagens - fadas, duendes…- e até se inspirou para escrever o livro “O Rapaz de Bronze”, o momento da trasladação do corpo para o Panteão Nacional, Sophia com o marido e os netos, e uma vista panorâmica do Porto, cidade que a viu nascer e onde viveu até ao ano de 1946, altura em que se casou com o advogado Francisco Sousa Tavares e veio viver para Lisboa. O painel completa-se com um conjunto de fotografias a preto e branco em que vemos a escritora com os filhos, ainda crianças, e conhecemos os seus primeiros anos de vida, e até, os seus antepassados. Deste modo, pode-se ver o bisavô Jan Andresen, que em meados do século XIX partiu da Dinamarca e acabou por chegar à cidade do Porto, onde se fixou, o avô Thomaz, médico do rei D. Carlos, e uma figura decisiva na sua vida e determinante pela sua paixão pela poesia, e uma foto da sua mãe, ainda grávida, esperando a chegada de Sophia.
Da exposição consta, ainda, uma instalação que pretende representar uma das temáticas predominantes da sua obra – o mar. Uma vela de embarcação com uma figuração estilizada do mar e o verso “A minha casa é o caminho do mar” completam este painel.
Poderá visitar a exposição até quinta-feira, dia 28 de novembro no pavilhão H.













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