No âmbito do centenário
do nascimento da escritora Sophia de Mello Breyner Andresen, a Biblioteca da
ESGB criou uma exposição que pretende homenagear um dos grandes vultos da
literatura portuguesa.
A exposição, que se desenvolve
em três núcleos, pretende mostrar a diversidade e a dimensão da obra da autora e
ilustrar alguns momentos marcantes da sua vida.
Assim, num dos painéis
mostram-se as capas de cada um dos livros de Sophia, sendo que, na sua
esmagadora maioria, se tratam de capas de primeiras edições. De entre os vários
livros de poesia, destacam-se, também, as obras que Sophia escreveu, sobretudo,
para crianças, por considerar as histórias existentes pouco adequadas a esse
público. Muitas delas foram imaginadas em períodos em que os filhos estavam
doentes e Sophia tinha de os entreter contando-lhes histórias.
O painel das
fotografias mistura o preto e branco e a cor. As primeiras reportam-se a uma
fase mais remota da vida da autora, e as segundas ao período final da sua vida,
e até, à atualidade. Mostram-se o Miradouro da Graça, com o busto de Sophia, o Jardim
Botânico do Porto, onde passou muitas horas do seu tempo de meninice e onde
imaginou muitas das suas personagens - fadas, duendes…- e até se inspirou para
escrever o livro “O Rapaz de Bronze”, o momento da trasladação do corpo para o
Panteão Nacional, Sophia com o marido e os netos, e uma vista panorâmica do
Porto, cidade que a viu nascer e onde viveu até ao ano de 1946, altura em que
se casou com o advogado Francisco Sousa Tavares e veio viver para Lisboa. O
painel completa-se com um conjunto de fotografias a preto e branco em que vemos
a escritora com os filhos, ainda crianças, e conhecemos os seus primeiros anos
de vida, e até, os seus antepassados. Deste modo, pode-se ver o bisavô Jan
Andresen, que em meados do século XIX partiu da Dinamarca e acabou por chegar à
cidade do Porto, onde se fixou, o avô Thomaz, médico do rei D. Carlos, e uma
figura decisiva na sua vida e determinante pela sua paixão pela poesia, e uma
foto da sua mãe, ainda grávida, esperando a chegada de Sophia.
Da exposição consta,
ainda, uma instalação que pretende representar uma das temáticas predominantes
da sua obra – o mar. Uma vela de embarcação com uma figuração estilizada do mar
e o verso “A minha casa é o caminho do mar” completam este painel.
Poderá visitar a
exposição até quinta-feira, dia 28 de novembro no pavilhão H.
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