Para conheceres o Museu Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas, vê este episódio de "Visita Guiada". Depois, é só mesmo ires até lá.
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sexta-feira, 2 de maio de 2025
Visita de Estudo ao Museu Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas
Foi na passada
quarta-feira, dia 30 de abril, que a turma 1.ª do 5.º ano da Escola Básica e
Secundária de Gama Barros participou numa visita de estudo ao Museu
Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas. Esta atividade foi dinamizada no âmbito
do Projeto “O Museu Aqui e Agora e o Futuro Que Lá Mora” uma iniciativa da
Câmara Municipal de Sintra em parceria com a Rede de Bibliotecas Escolares. A
turma e as docentes Mafalda Antunes, professora de Português e de História e
Geografia de Portugal, Filomena Lima e Gracinda Silva, professoras
bibliotecárias, foram guiadas por uma das Técnicas Superiores do Museu ao longo
de várias salas, particularmente aquelas cujo acervo está mais diretamente relacionado
com a presença romana na região de Sintra.
Logo no início, visitámos
a Exposição «Onde o Sol se apaga no Oceano – O Santuário mais ocidental do
Império Romano!» As peças aqui expostas resultam dos trabalhos que decorrem no
Sítio do Alto da Vigia, que a equipa de Arqueologia da Câmara Municipal de
Sintra tem vindo a realizar desde 2008 até aos dias de hoje.
Aqui foi sublinhado o facto de os Romanos serem politeístas (adorarem vários Deuses), e de erguerem altares, por exemplo, ao Deus do Oceano, do Sol e da Lua. Os alunos e as alunas tiveram oportunidade de apreciar alguns desses altares e de lerem as traduções dos textos que neles constam. Depois das várias leituras, conseguimos perceber que, afinal, as preocupações dos Antigos Romanos eram muito semelhantes àquelas que temos na atualidade e, portanto, pedia-se aos Deuses saúde, alguns bens materiais, sucesso…
Visitámos, também, a
sala onde pudemos apreciar os três únicos sarcófagos etruscos existentes em
Portugal e que foram trazidos de Itália, no séc. XIX, pelo 1.º Visconde de
Monserrate. Não podíamos sair do Museu sem visitar a enorme sala temática
«Basílica Romana» onde se encontram, de entre outros, várias lápides
epigrafadas que perfazem, juntamente com outras peças do acervo, aquilo que no Museu se designa como “O Livro
de Pedra”.
Depois de uma interessante Oficina Artística no final da qual os participantes aprenderam a jogar o “Abacvm Clavdere”, ainda houve oportunidade para conhecer os vestígios arqueológicos da “Villa” Romana e apreciar os belos mosaicos que resistiram à passagem do tempo e à existência de um cemitério durante a Época Medieval.
Foi uma visita
extremamente interessante e muito enriquecedora para todos.
Aqui ficam alguns
registos dessa ótima manhã passada em Odrinhas.
domingo, 6 de abril de 2025
Clube de Leitura do 9.º 1.ª reúne uma vez mais
Foi durante a Semana da Leitura que o Clube de Leitura do 9.º 1.ª reuniu, uma vez mais, desta vez para falar sobre os livros “Ghost”, de Jason Reynolds, “O Filme da Minha Vida” de Maite Carranza, “Não te Afastes” de David Machado, e “Famílias em Construção” de Margarida Fonseca Santos. Este projeto está a ser dinamizado, com esta turma, em parceria com a docente de Português, Ana David.
Depois de uma sessão de
enquadramento e de motivação à leitura dinamizada pela professora
bibliotecária, Filomena Lima, já há algumas semanas, cada alun@ teve a
oportunidade de escolher um dos livros propostos e, posteriormente, de o ler. Tal
como costuma ser o procedimento usual nos Clubes de Leitura dinamizados na
Biblioteca Escolar, cada alun@ selecionou um excerto desse livro, que leu, em
voz alta, na sessão de partilha. Esse excerto funciona, então, como o ponto de partida
para o lançamento de um tema para debate, para uma conversa entre todos os
participantes do Clube.
Nesta sessão, foram lançados
vários dilemas que se colocam por vezes a cada um de nós durante o nosso
quotidiano, por exemplo: será que devemos aceitar as dificuldades da vida tal
como elas se nos colocam ou devemos ignorá-las e fingir que nada está a
acontecer? Será que os pais devem
proteger os filhos de situações mais adversas criando, nesse sentido, cenários
imaginários e fantasiosos que não correspondem à realidade?
Esta foi mais uma sessão interessante durante a qual alun@s tiveram a oportunidade de partilhar as suas experiências de leitura e as suas próprias vivências em relação a vários temas da atualidade.
sábado, 5 de abril de 2025
Na Semana da Leitura houve “Leituras de Porta em Porta”…
Na Semana da Leitura
não podia faltar uma partilha de textos com a comunidade escolar – professores,
assistentes operacionais e administrativos e alunas monitoras. Desta vez, a escolha
da professora bibliotecária, Filomena Lima, recaiu sobre dois pequenos ensaios sobre
a leitura, da autoria de Irene Vallejo, publicados no livro “Alguém Falou Sobre
Nós”, uma coletânea de ensaios sobre o mundo atual, à luz da sabedoria da
Antiguidade Clássica, ou não fosse a autora uma apaixonada e estudiosa de
Filologia Clássica. Nestes textos, em particular, a autora sublinha a
importância da leitura como um processo que permite a evasão de nós próprios e
a possibilidade de “viajar” por outros mundos e por outras personagens e como
isso contribui para o enriquecimento da nossa linguagem e do nosso intelecto.
A iniciativa contou,
como já vem sendo habitual, com a colaboração das alunas monitoras da
biblioteca escolar, e, desta vez, também com a participação de outras alunas
que pediram para colaborar com as suas colegas. Muito obrigada a todas!
Esperamos que estes
textos sejam do seu agrado.
Boas Leituras!!!
“Os óculos de outros”
«Os
livros relembram-nos de que somos seres muito peculiares. Porque é que
encontramos tanto prazer na exploração de mundos imaginários? O que é que nos
atrai em todos esses relatos onde se descrevem factos que não aconteceram, e
que são apenas invenções? Alguns cientistas opinam que ler é uma ampliação da
brincadeira infantil e, como as restantes brincadeiras, prepara-nos para a
vida. Os leitores habituam-se a observar com o olho da mente a amplitude do
mundo e a enorme variedade de situações e pessoas que o povoam; é por isso que
as suas ideias são mais ágeis e que a sua imaginação é mais iluminadora.
Para além do mais, quando lemos,
saímos de nós próprios. Projetamo-nos com total liberdade e à nossa vontade nas
personagens de uma história. A perspetiva de sermos transitoriamente pessoas
diferentes é muito atraente para a nossa permanente curiosidade. Todos queremos
ver através de outros olhos, pensar com outras ideias e sentir com outras
paixões. A magia consiste em encará-las totalmente, em pormos os óculos de
outros e observarmos o que se vê através deles, deslizando pelos prazeres ou os
terrores ou as ambições que esse olhar vai revelando. E o melhor é que esta
fantástica operação se executa no campo seguro da imaginação. Assim, quase sem
nos apercebermos, aprendemos a compreender melhor os outros e também o
permanente conflito de interesses que se dá entre os seres humanos. Sem dúvida,
graças a esse salto podemos corrigir erros de perspetiva, livrarmo-nos do nosso
provincianismo e curar o isolamento. Porque muitas vezes, para obtermos o
melhor de nós próprios, precisamos de ser outros.»
“De fonte segura”
«Ler
ajuda-nos a falar. Graças à leitura conquistamos habilidade verbal e
abundância. Assim as nossas ideias, conduzidas por um impulso fácil, transformam-se,
mais leves, em palavras. «Os livros fazem os lábios», escreveu Quintiliano há
cerca de vinte séculos, com o aval de uma longa trajetória. Trabalhou durante
vinte anos em Roma como professor de Retórica, ou seja, como especialista no
uso de palavras certeiras e poderosas. A sua profissão fez com que
compreendesse que é naquilo que lemos que está o vocabulário das nossas
próprias vidas, com o qual as contamos aos outros e a nós próprios. No dia a
dia, somos todos, à nossa maneira, narradores que pretendem convencer e
encantar, e para isso precisamos dos livros.
O filósofo Séneca encontrava outras vantagens. Acreditava que ampliam a nossa curta passagem pela vida, porque quem lê acrescenta à sua vida a de todas as épocas, e dessa forma milhares de anos de conhecimento fundem-se com o seu. O tempo de cada leitor alarga-se pela confluência entre a realidade vivida e a imaginária. Séneca via nos livros, que se abrem diante de nós em toda a sua plenitude e não nos deixam partir de mãos a abanar, a porta sem fechadura de uma fabulosa câmara do tesouro. Às vezes, encontramos numa página, de forma prodigiosamente transparente, ideias e sentimentos que nos eram confusos, e assim a vida parece-nos menos caótica. Através dos livros, entendemos os nossos próprios motivos e os dos outros e temos mais capacidade para decifrar o mundo. A leitura torna-nos curiosos, mas não crédulos: os livros também nos livram deste perigo.»
Vallejo. I. (2023). Alguém Falou Sobre Nós. Bertrand Editora.
Entrega dos prémios aos melhores leitores do 1.º semestre
Foi no passado dia 2 de
abril, durante a Semana da Leitura, que os melhores leitores do 1.º semestre
receberam das mãos da professora bibliotecária, Filomena Lima, um livro, uma
medalha e um certificado como reconhecimento pelo mérito de terem sido os
alunos que mais livros leram durante o 1.º semestre. Os premiados são todos
alunos da turma 5.ª do 5.º ano, a saber:
Inês Parra – 1.º lugar
(15 livros lidos);
Daniel Parra – 2.º
lugar (12 livros lidos);
O. Oleksander – 3.º lugar
(11 livros lidos).
Estiveram presentes a Subdiretora do Agrupamento, professora Rosário Santos, a professora de Português, Catarina Alves, os pais dos alunos que ficaram nos dois primeiros lugares, e os alunos da respetiva turma.
A professora
bibliotecária agradeceu a presença de todos e aproveitou a oportunidade para elogiar estes alunos, mas também
para sublinhar o papel fundamental da leitura na construção do conhecimento, na
estruturação da própria língua e no desenvolvimento da criatividade e da
imaginação.
Muitos parabéns aos vencedores!!!
Semana da Leitura na Biblioteca da EBS Gama Barros dá a conhecer Luís de Camões
No
ano em que se assinalam os 500 anos do nascimento de Luís de Camões, as
professoras bibliotecárias do Agrupamento de Escolas D. Maria II, professoras Filomena
Lima e Gracinda Silva, criaram um conjunto de atividades destinadas a alunos
dos 4.º e 5.º anos para marcar esta efeméride.
Estas
atividades começaram a ser dinamizadas na escola sede do agrupamento durante a semana
da leitura, no âmbito de uma parceria entre a Biblioteca Escolar e as docentes
de Português do 5.º ano, e prolongar-se-ão para o período após a interrupção letiva
da Páscoa.
Trata-se
de uma iniciativa centrada no desenvolvimento das competências leitoras, nomeadamente
de diferentes modalidades de leitura – leitura silenciosa, leitura de imagens e
leitura em voz alta e de técnicas de leitura, como por exemplo o “skimming” e o
“scanning”, centrada em três livros diferentes: Luís
Vaz de Camões - Um Poeta Genial, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, Barbi-Ruivo
– o meu primeiro Camões, de Manuel Alegre, e Camões – As
aventuras e desventuras de um poeta épico, de Sérgio Franclim.
Ao longo de cerca de 60 minutos os alunos realizaram, em grupo, três atividades que visam conhecer alguns dados sobre a vida e a obra do poeta Luís de Camões, a saber:
- Atividade “O Puzzle e o livro Luís Vaz de Camões - Um Poeta Genial” no âmbito da qual os alunos construiram um puzzle com a imagem de Camões e, depois, preencheram o “cartão de cidadão” do poeta mediante uma pesquisa de informação no livro em questão; atividade “O vídeo “3vialities” – Luís de Camões” – durante a qual os alunos visionaram um excerto deste pequeno filme, sobretudo sobre a passagem de Luís de Camões pelo Oriente, e identificaram várias afirmações como verdadeiras ou falsas; atividade “Os objetos que “contam” Camões” - um globo do mundo, uma figura de uma chinesa, um exemplar da obra “Os Lusíadas”, um barco e uma pala de olho, servem de pretexto para a leitura de excertos do livro de Manuel Alegre “O meu primeiro Camões” com vista ao preenchimento de um texto lacunar.
No final, houve espaço para a “leitura” de uma ilustração do livro de Sérgio Franclim e para um pequeno Kahoot, tão do agrado dos alunos. Foram sessões em que os alunos estiveram numa atitude proativa e muito empenhados e, no final, mostraram que tinham aprendido muito sobre um dos poetas maiores da língua portuguesa.