Páginas

domingo, 2 de dezembro de 2012

1 de dezembro - Dia Mundial de Luta contra a Sida


Prevenção, diagnóstico precoce, tratamento e envolvimento ativo das organizações não-governamentais são, e devem ser, os eixos fundamentais do combate à sida, não só no dia 1 de dezembro, em que se assinala o Dia Mundial de Luta Contra a Sida, mas, como é evidente, ao longo dos 365 ou 366 dias do ano.

Segundo o Jornal de Notícias de 20/11/2012, que cita dados disponibilizados pela ONU, na edição de 2012 do relatório global da agência das Nações Unidas para a SIDA (ONUSIDA), pelo menos 2,5 milhões de pessoas contraíram o vírus da sida em 2011, constatando-se um maior controlo no que se refere à propagação da doença. Os 34 milhões de infetados, a nível mundial, distribuem-se do seguinte modo:

- 23,5 milhões na África Subsaariana;

- 5 milhões na Ásia;

- 1,4 milhões na América Latina;

- 1,4 milhões na América do Norte;

- 900 mil na Europa;

- 300 mil no Médio Oriente e África setentrional;

- 230 mil no Caribe;

 - 53 mil na Oceânia.

 A África Subsaariana constitui a região mais afetada em todo o mundo com um em cada 20 adultos infetados com o VIH, sendo que as mulheres representam mais de metade (58%) das pessoas infetadas nesta zona do mundo.

O relatório da ONU, revela ainda que na última década se registou uma quebra na ordem dos 25% da incidência das infeções por VIH em 39 países, 33 dos quais localizados na África Subsaariana, mas que, em sentido oposto, pelo menos nove países -Bangladesh, Geórgia, Guiné-Bissau, Indonésia, Cazaquistão, Quirguistão, Filipinas, Moldávia e Sri Lanka - aumentaram em pelo menos 25% o número de novas infeções.

O estudo citado identifica como grupos com maiores taxas de infeção, profissionais do sexo (23% mais que o resto da população), consumidores de droga (22%) e homossexuais (13%). O relatório revela ainda que o aumento do uso de antirretrovirais em países de baixo e médio rendimento permitiu salvar 14 milhões de vidas por ano desde 1995, 9 milhões das quais na África Subsaariana e que, em 2011, foram disponibilizados 16.800 milhões de dólares para a prevenção e tratamento da sida em todo o mundo, o que está muito abaixo das necessidades para 2015.

Refira-se que, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, Departamento de doenças infecciosas, no seu relatório A situação em Portugal a 31 de Dezembro de 2011, “[…]os casos de SIDA apresentam padrão epidemiológico idêntico ao registado no ano anterior. Foram diagnosticados 303 casos, verificando-se um aumento proporcional do número de casos de transmissão heterossexual e homo/bissexual (respetivamente 63,0% e 16,5% do total de casos) e redução de casos associados à toxicodependência (17,5).

Ainda de acordo com o anterior relatório, os portadores assintomáticos, ou seja aqueles que são portadores do vírus mas em que a doença ainda não se manifestou “[…], são predominantemente jovens com mais de 20 anos e indivíduos até aos 39 anos, constituindo o maior número de casos notificados (68,0%) neste estádio. A redução do contágio entre toxicodependentes tem sido notória, sendo o programa aplicado em Portugal, que passa pela troca de seringas, considerado um dos melhores do mundo.

Espera-se que as medidas de austeridade não venham a pôr em causa os bons resultados obtidos até agora.




Para saber, o que é a sida, como se transmite, como se pode prevenir e como se trata, sugerimos que consulte:


 


Veja, ainda, o anúncio “5 Razões Para Não Usar Preservativo” que foi considerado o melhor anúncio governamental europeu de prevenção contra a sida, no concurso ‘European AIDS Video Clip Contest’.

 


 
 

Sem comentários:

Enviar um comentário