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quinta-feira, 30 de abril de 2020

1.º de maio – Dia do Trabalhador



 A Gravura de 1886 foi a imagem mais reproduzida do Haymarket Affair. Mostra o pastor metodista Samuel Fielden falando, a bomba explodindo e o motim começando simultaneamente; na realidade, Fielden terminou de falar antes da explosão. Wikimedia Commons

Em diversos países do mundo, todos os anos, no dia 1 de maio, se comemora o Dia do Trabalhador. A história deste feriado remonta a 1886, quando, nos Estados Unidos, ocorreu uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago, reivindicando a redução da carga horária de trabalho para oito horas diárias. Neste dia 1.º de maio teve início uma greve geral por todo o país. Os protestos continuaram nos dias seguintes e, a 4 de maio, uma nova manifestação terminou com o lançamento de uma bomba sobre as forças policiais, o que deu origem a várias baixas entre os agentes da autoridade e também entre os civis, num dia que ficou conhecido como a Revolta de Haymarket.
Três anos mais tarde, a 20 de junho de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu convocar anualmente uma manifestação, cujo objetivo principal era reivindicar as oito horas de trabalho diário. Escolheu-se o dia 1 de maio como homenagem às lutas sindicais de Chicago. A 1 de maio de 1891, uma manifestação em França é dispersada pela polícia, resultando na morte de dez manifestantes, numa efeméride que contribuiu para que este dia fosse proclamado como o dia internacional da reivindicação das condições laborais.
Em Portugal, a celebração do 1.º de maio foi reprimida durante o Estado Novo, só voltando a realizar-se livremente a partir de maio de 1974, altura em que passou a ser feriado nacional.


Para ficares a saber mais sobre o historial do 1.º de maio, sobretudo em Portugal, podes clicar no seguinte link e terás acesso a vídeos e várias imagens de época muito interessantes.





quarta-feira, 29 de abril de 2020

Espetáculos de dança "online"


A Companhia de Dança Contemporânea de Évora, dirigida pela coreógrafa e bailarina Nélia Pinheiro, está a transmitir semanalmente no seu site - cdce.pt - peças criadas nos seus últimos anos de atividade.
Assim, poderá assistir, entre os dias 22 a 30 de abril, ao espetáculo Raízes, clicando no link:

http://cdce.pt/default_video.asp

29 de abril - Dia Mundial da Dança - Assista a um pequeno espetáculo de dança sentado na sua sala




São Castro e António M. Cabrita, os atuais coreógrafos titulares da Companhia Paulo Ribeiro, levam à cena um projeto criado para apresentar exclusivamente online neste Dia Mundial da Dança. Este espetáculo tem por base o espetáculo "Last", estreado em setembro no Teatro Viriato, em Viseu, numa co-produção sua com o Teatro Municipal de Porto e o São Luiz Teatro Municipal, de Lisboa. "Last at Home" estará disponível na conta da Companhia na plataforma Vimeo a que poderá aceder clicando no link:

https://vimeo.com/412414331


This dance film was recorded during the portuguese lockdown on March 2020.

Credits

Direction and choreography – São Castro e António M Cabrita
Film editor – São Castro
Art direction – António M Cabrita

Performers - Ana Moreno, Ester Gonçalves, Guilherme Leal, Miguel Santos, Rosana Ribeiro e Laura Abel (2ºcast)
Music - Ludwig van Beethoven - The Late String Quartets, String Quartet nº 12 ( I. Maestoso-Allegro)
Music performed by Quarteto de Cordas de Matosinhos
Production – Companhia Paulo Ribeiro

Special thanks - Beatriz Gonçalves, Danny Rico, Gil, Maria João Costa, Pedro Rebocho e Sónia Morgado

terça-feira, 28 de abril de 2020

"Tout ira bien" - canção para crianças sobre o corona vírus pode ajudar a aprender francês...


Após alguns dias de confinamento, Lison, com apenas 7 anos, decidiu escrever uma canção sobre o Corona Vírus. Com a ajuda do seu irmão mais novo, Emile, e dos seus pais, ela conseguiu transmitir tudo aquilo que sente neste momento tão especial. O título da canção contém em si uma mensagem de esperança - "Tout ira bien". Lison teve uma grande ajuda do pai, músico de profissão.
Assim que foi publicada no Youtube e no Facebook, a canção teve um sucesso incrível. Em menos de um mês, teve mais de 250 000 visualizações. E foi assim que nasceu o videoclip.

Para veres o videoclip, clica no link e "Tout ira bien"...

https://www.youtube.com/watch?v=9I_QKo794kY


Em abril, mulheres mil… Hertha Ayrton




28 de abril de 1854 — 23 de agosto de 1923 

“ Em 1854, Phoebe Sarah Marks nasceu em Inglaterra. Tinha tanta energia que os amigos começaram a chamar-lhe Hertha – a deusa pagã da Terra -, e Phoebe gostou tanto da alcunha que a adotou. (…)

Como a família era muito pobre, em vez de seguir o seu sonho de ir para a universidade, aos 16 anos Hertha foi trabalhar como precetora para enviar dinheiro para casa. Felizmente, conheceu a madame Bodichon, uma das líderes do movimento sufragista do Reino Unido, que a ajudou e lhe pagou os estudos. Na escola técnica, Hertha conheceu o professor William Ayrton, o seu futuro marido e parceiro de invenções.

Na década de 1890, eram usados nos candeeiros de rua e nos teatros arcos elétricos que chiavam e tremeluziam horrivelmente. William e Hertha queriam criar uma iluminação mais silenciosa. A determinada altura da pesquisa, todos os seus apontamentos arderam acidentalmente na lareira, e Hertha teve de recomeçar do zero. Enquanto William estava fora, inventou um elétrodo que gerava uma luz forte, mais estável e silenciosa. Hertha abriu portas às mulheres ao conseguir publicar artigos e dar palestras sobre eletricidade. Durante as demonstrações do arco elétrico, o público ficava espantado por ver uma mulher a manusear um equipamento que parecia tão perigoso!

Hertha foi a primeira mulher a pertencer à Ordem dos Engenheiros Eletrotécnicos. No entanto, as mulheres não estavam autorizadas a discursar na Real Sociedade. Quando o livro de Hertha, “O Arco Elétrico”, foi publicado em 1902, teve um sucesso tão retumbante que foi impossível de ignorar, e a Real Sociedade acabou por permitir que ela apresentasse o seu trabalho. Em 1906, também lhe atribuíram a Medalha Hughes pelo conjunto do seu trabalho.

Hertha mostrou-se igualmente destemida na política. Era uma ardente defensora do movimento sufragista e oferecia ajuda às mulheres que faziam greve de fome como forma de protesto. Participou no boicote de 1911 ao censo, em Inglaterra, e escreveu uma carta fervorosa no impresso, exigindo o direito de voto para as mulheres!

A genialidade de Hertha abriu caminho para que as mulheres, em toda a parte, pudessem manusear equipamentos «perigosos» e fazer grandes invenções.”

Fonte: 

Ignotofsky, A. (2016). As Cientistas – 52 mulheres intrépidas que mudaram o mundo. Lisboa: Bertrand Editora, Lda.



sábado, 25 de abril de 2020

Revista digital - Irredutíveis! com Astérix




Para que as crianças possam estar entretidas durante este período de confinamento, a editora Hachette
está a disponibilizar nas suas plataformas uma revista gratuita com jogos, atividades e BD. A periodicidade é semanal.
Já podes descarregar os 3 primeiros números seguindo o link:

https://www.asterix.com/pt-pt/gratis-a-revista-asterix-para-descarregar/

Diverte-te!

Poetas de abril



Depois de mais de 40 anos de ditadura, de censura e de lápis azul, alguns jovens poetas podiam agora “cantar” a democracia e os valores da liberdade.
Nomes como Sophia de M. B. Andresen, Manuel Alegre, José Carlos Ary dos Santos e Natália Correia, para referir apenas alguns, deixaram de ter de utilizar subterfúgios poéticos para veicular a sua mensagem e, alguns deles, caso de Ary dos Santos, deixavam jorrar as palavras como se de uma torrente se tratasse.

Aqui ficam alguns poemas icónicos, alguns deles passados a canções, que marcaram a produção poética do pós 25 de abril.

Comece por ouvir "As portas que abril abriu" de José Carlos Ary dos Santos


https://www.youtube.com/watch?v=p-Whzw-RA7M






Sophia, na sua casa em Lisboa, a escrever


25 de abril

Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo

Sophia de Mello Breyner Andresen






Sérgio Godinho

Liberdade


Viemos com o peso do passado e da semente
Esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
Vivemos tantos anos a falar pela calada
Só se pode querer tudo quando não se teve nada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só há liberdade a sério quando houver
A paz, o pão
habitação
saúde, educação
Só há liberdade a sério quando houver
Liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir

Sérgio Godinho




Manuel Alegre


Abril de Abril

Era um Abril de amigo Abril de trigo
Abril de trevo e trégua e vinho e húmus
Abril de novos ritmos novos rumos.


Era um Abril comigo Abril contigo
ainda só ardor e sem ardil
Abril sem adjectivo Abril de Abril.


Era um Abril na praça Abril de massas
era um Abril na rua Abril a rodos
Abril de sol que nasce para todos.


Abril de vinho e sonho em nossas taças
era um Abril de clava Abril em acto
em mil novecentos e setenta e quatro.


Era um Abril viril Abril tão bravo
Abril de boca a abrir-se Abril palavra
esse Abril em que Abril se libertava.


Era um Abril de clava Abril de cravo
Abril de mão na mão e sem fantasmas
esse Abril em que Abril floriu nas armas.

Manuel Alegre



Ouve a Cantata da Paz. Segue o link:


https://www.youtube.com/watch?v=cCfWyZDxTQc


Cantata da Paz

Vemos, ouvimos e lemos
Relatórios da fome,
O caminho da injustiça,
A linguagem do terror.

A bomba de Hisoshima,
Vergonha e todos nós,
Reduziu a cinza
A carne das crianças.

O corpo humano foi
Queimado em Buchenwald.

Os países inventam,
A máquina produz
Bombas e prisões,
Perfeitas sujeições.

E no terceiro mundo,
Nos campos e na rua,
A fome continua.


Sophia de Mello Breyner Andresen







sexta-feira, 24 de abril de 2020

Quizz - "Acha que sabe tudo sobre o 25 de abril?"






Depois de teres consultado os nossos posts sobre o 25 de abril, tenta fazer o Quizz elaborado pelo "Público" - "Acha que sabe tudo sobre o 25 de abril?" e testa os teus conhecimentos sobre aquele que é um dos grandes acontecimentos históricos do século XX da História de Portugal.

Clica no link:

https://www.publico.pt/quiz/interactivo/acha-sabe-25-abril-75

Afinal, aprendeste muito sobre a Revolução dos Cravos, não é verdade?

Museu Nacional Resistência e Liberdade


"O Museu Nacional Resistência e Liberdade, na Fortaleza de Peniche, que no ano passado foi palco das celebrações dos 45 anos do 25 de abril, concebeu este ano um programa online, em alternativa ao original, que revela o trabalho que tem vindo a ser realizado pelo Museu e que contempla o envolvimento dos públicos mais jovens. Assim, está a ser desenvolvido um vídeo coletivo que reúne as gravações individualmente feitas por 30 crianças e jovens que, juntas, constituem uma fita do tempo da Revolução de Abril, com início às 22h00 do dia 24 de abril e terminando com a libertação dos presos da Cadeia de Peniche na madrugada do dia 27 de abril de 1974."



Se queres saber mais sobre a privação da liberdade de expressão durante a Ditadura que vigorou até ao dia 25 de abril de 1974, visita o site oficial do Museu Nacional Resistência e Liberdade que se situa em Peniche.


http://www.museunacionalresistencialiberdade-peniche.gov.pt/pt/prisao/




Livros infantis sobre o 25 de abril





Livro disponível na Biblioteca da ESGB

"7 x  25 Histórias de Liberdade" é um livro escrito por Margarida Fonseca Santos onde a partir de 7 objetos que aqui assumem protagonismo se fala sobre o antes e o pós 25 de abril – o lápis azul da censura, o megafone utilizado pelos militares, o portão da prisão de Caxias, a G3 na qual foi colocado o cravo vermelho e outros objetos que desempenharam um importante papel na revolução de abril.



Se leres este interessante livro ficas a saber como se vivia em Portugal antes da revolução de abril e ficarás a conhecer como a vida dos Portugueses mudou com a Revolução dos cravos. Podes aceder a excertos do livro em formato digital seguindo este link:



Disponível na Biblioteca da ESGB


Livro disponível na biblioteca da ESGB e acessível em suporte digital através do link

Para conheceres melhor quem foi Zeca Afonso, intérprete da canção "Grândola Vila Morena" e uma personalidade incontornável da cultura portuguesa do século XX, lê excertos do livro em:




O 25 de abril na pintura – Maria Helena Vieira da Silva




A poesia está na rua
Maria Helena Vieira da Silva, papel, guache. 1974


A poesia está na rua
Maria Helena Vieira da Silva



Liberdade
Maria Helena Vieira da Silva, têmpera sobre papel Kraft. 1984


Canções Senha do 25 de abril






24/04/74 – Às 22h55m, João Paulo Dinis passa E Depois do Adeus no Rádio Clube Português.
25/04/74 – Às 24h20m, Leite de Vasconcelos lê, no programa Limite da Rádio Renascença, a primeira quadra de Grândola Vila Morena e passa o disco.


Se leu com atenção a cronologia que publicámos sobre o 25 de abril, não deixou de reparar que no final do dia 24 de abril e aos primeiros minutos do dia 25, passavam na rádio duas canções que funcionaram como uma senha para o avanço das manobras militares.
Se tem mais de 50 anos, certamente que se recordará de ouvir estes dois intérpretes na televisão e na rádio. Para os mais jovens aqui ficam ambas para que possa usufruir de um bom apontamento musical.


 Para ouvir “E depois do Adeus” siga o link:


https://www.youtube.com/watch?v=pJrtNwD_r_0



E para ouvir “Grândola Vila Morena” opte por este link:


25 de abril – Os últimos dias da ditadura



Assinalam-se amanhã 46 anos da revolução de abril de 1974. Nesse dia, Portugal fechava a porta a mais de 40 anos de ditadura que coartou as liberdades de expressão e, por vezes, de movimento dos Portugueses.
A Biblioteca Escolar assinala esta data através de uma série de posts apresentando sugestões de filmes, leituras e visitas virtuais a museus. Apesar do Estado de Emergência  a que estamos sujeitos por causa da pandemia de Covid-19, não deixamos de assinalar esta data.
Dedique algum do seu tempo a percorrer o blogue e verá que ficará a saber um pouco mais sobre a Revolução dos Cravos.



CRONOLOGIA

OS ÚLTIMOS DIAS DE DITATURA…

01/01/73 – Vigília pela Paz na capela do Rato interrompida pela PIDE/DGS; afastamento da função pública de 12 pessoas envolvidas. O Patriarcado afasta o padre Alberto, responsável pela capela.
04/04/73 – O III Congresso da Oposição Democrática, em Aveiro, coloca como objetivos o fim da Guerra Colonial e o estabelecimento das liberdades democráticas. Posteriormente assiste-se a cargas policiais nas ruas.
01/05/73 – Atentado das Brigadas Revolucionárias contra o Ministério das Corporações. A PIDE/DGS informa terem sido presos, desde o início do ano, 87 oposicionistas, dos quais 48 estudantes universitários.
03/05/7320 estudantes presos à porta da Faculdade de Letras de Lisboa, na sequência de protestos contra a introdução de “gorilas” – contínuos treinados pela PIDE/DGS – na faculdade. A polícia dispara rajadas de metralhadoras na Cantina da Cidade Universitária.
12/07/73 – Circular sobre o acesso de oficiais milicianos ao Quadro Permanente do Ministério do Exército, através de cursos intensivos na Academia Militar. Os oficiais do quadro veem nisto o perigo de serem ultrapassados na carreira por camaradas mais novos e sem o Curso normal da Academia. No dia seguinte, essas normas são formalizadas no Decreto-Lei 353/73.
07/09/73136 oficiais reúnem-se num monte nos arredores de Évora para uma “ação de confraternização” e pedem a revogação do Decreto-Lei 353/73.
01/12/73 – Reunião em Óbidos do que foi, posteriormente designado, Movimento de Oficiais das Forças Armadas.
22/12/73 – Revogado o Decreto-Lei 353/73 que originara o Movimento de Oficiais das Forças Armadas.
23/02/74Spínola publica o livro Portugal e o Futuro. O livro esgota rapidamente.
09/03/74 – O Governo decreta o estado de alerta em todos os quartéis.
14/03/74120 oficiais-generais vão a São Bento simbolizar o acatamento do poder civil por parte das Forças Armadas, num episódio que passou à posteridade como a “Brigada do Reumático”. Spínola e Costa Gomes faltam à cerimónia e são demitidos nos dias imediatos.
16/03/74 – O Regimento de Caldas da Rainha avança sobre Lisboa. Casanova Ferreira e Manuel Monge assumem o comando das operações e a responsabilidade pela derrota quando verificam o seu isolamento. 200 elementos, entre oficiais e subalternos, são presos, mas apenas os dois líderes ficarão detidos até ao 25 de abril.
24/03/74 – A Comissão Coordenadora do Movimento dos Oficiais das Forças Armadas reúne, e Otelo Saraiva de Carvalho admite a possibilidade de um levantamento vitorioso, desde que bem planificado e dotado de bons meios de comunicação.
28/03/74 – O Presidente do Conselho, Marcelo Caetano, faz a sua última “Conversa em família” na RTP. Manifesta-se contra qualquer abandono em África e alerta para os riscos de colapso na retaguarda.
31/03/74 – O Presidente do Conselho, Marcelo Caetano, tem o seu último, e ilusório momento de glória, ao ser ovacionado no Estádio de Alvalade numa aparição surpresa.
Meados de AbrilOtelo começa a redigir o Plano Geral das Operações para a insurreição, a realizar na semana de 20 a 27 de abril.
15/04/74 – A PIDE/DGS intensifica as prisões como era habitual, tendo em vista minimizar as manifestações do 1º de maio.
21/04/74 – São distribuídas as missões às diferentes unidades que participarão no movimento insurrecional. No quartel de Engenharia da Pontinha começa a ser montado o posto de Comando do Movimento das Forças Armadas (MFA).
22/04/74Otelo e Costa Martins asseguram a transmissão dos sinais de arranque da insurreição e de que tudo está a correr bem, através de contactos na rádio. A canção vencedora do Festival da Canção desse ano, E Depois do Adeus, interpretada por Paulo de Carvalho, seria o primeiro sinal, transmitida no Rádio Clube português, seguindo-se-lhe Grândola Vila Morena, de José Afonso, na Rádio Renascença, uma hora depois. Fuzileiros e pára-quedistas põem em dúvida a sua participação, mas garantem que nunca atacarão as forças do movimento insurrecional.
23/04/74 – Junto ao Parque Eduardo VII, Otelo entrega aos delegados das unidades as folhas de missão e o equipamento e comunicações.
24/04/74 – Às 22h55m, João Paulo Dinis passa E Depois do Adeus no Rádio Clube Português.
25/04/74 – Às 24h20m, Leite de Vasconcelos lê, no programa Limite da Rádio Renascença, a primeira quadra de Grândola Vila Morena e passa o disco. Segundos depois, na Escola Prática de Administração Militar, no Lumiar, um grupo de capitães e subalternos dá voz de prisão ao oficial de dia e ao oficial de prevenção.
Em Santarém, na Escola Prática de Cavalaria, Salgueiro Maia manda formar o pessoal na parada; uma coluna marcha sobre Lisboa.
O major Jaime Neves apresenta-se no posto de comando da Pontinha sem ter conseguido capturar um carro da Brigada de Trânsito, indispensável para vigiar as comunicações da GNR.
Às 04h20m, no já ocupado Rádio Clube Português, Joaquim Furtado lê o primeiro comunicado: “Aqui Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas….”.


quinta-feira, 23 de abril de 2020

Ainda a propósito do Dia Mundial do Livro…




No Dia Mundial do Livro dedica alguns minutos à leitura. Porque não parar um pouco e ouvir ler.
A Porto Editora, no âmbito da iniciativa “Ler Doce Ler”, sugeriu a alguns escritores, artistas e atores a leitura, em voz alta, de um excerto de um livro da sua autoria. Esta é uma forma de demonstrar o poder dos livros em tempos de isolamento social.

Segue o link e desfruta dessa leitura…


https://twitter.com/hashtag/LerDoceLer?src=hashtag_click


Dia Mundial do Livro - 23 de abril





A 23 de abril de 1564 nascia em Startford-upon-Avon, em Inglaterra, aquele que viria a ser um dos grandes dramaturgos e poetas do mundo – William Shakespeare. Curiosamente, no mesmo dia, 52 anos depois, em 1616, o próprio William Shakespeare e o escritor espanhol Miguel de Cervantes viriam a falecer.
Por essa, e por outras razões, em 1996, a UNESCO decidiu que o dia 23 de abril passaria a ser o Dia Mundial do Livro.
Num momento em que vivemos em isolamento social devido à pandemia de Covid-19, importa, mais do que nunca, celebrar o Dia Mundial do Livro. É certo que, em anos anteriores, não deixaríamos passar o dia sem nos deslocarmos a uma livraria, fosse ela de rua ou num centro comercial, para ficarmos a par das novidades e, certamente, não sairíamos de lá sem comprar mais um livro. Desta vez, foi com um misto de estranheza e de saudosismo que passámos pela Livraria Bertrand ou pela Fnac e apenas vislumbramos por entre os vidros da montra as últimas novidades de há mais de um mês atrás. As livrarias continuaram encerradas, e só podemos satisfazer o nosso prazer de acariciar a capa de uma nova aquisição através de uma compra online.
No entanto, mais do que nunca, os livros assumem-se como janelas que se abrem para o mundo lá fora. E se, na realidade, estamos a ser permanentemente bombardeados pelos media com notícias quase exclusivamente relacionadas com o novo vírus, o livro continua a facultar-nos a ilusão de que o mundo lá fora continua a rodar como se nada de muito diferente tivesse acontecido.
Num momento em que voltámos à telescola, o livro é um professor omnipresente – com ele podemos aprender tudo – Português, Ciências, Física, História, Geografia, Literatura, línguas estrangeiras… enfim, com o livro podemos abarcar uma imensidão de universos que estão, ali, à mão de semear.
O livro é um confidente que nos ouve sem nos recriminar e sem fazer juízos de valor e que, de uma forma ou de outra, tem sempre a palavra certa que queremos ou precisamos de receber.
O livro é o psicólogo que nos apazigua quando a ansiedade nos invade ou a tristeza nos tenta afundar. Ele traz-nos para a tona da água e mostra-nos, apenas, o lado bom da vida.
O livro é a melhor agência de viagens do globo… Todos os países, mesmo os mais longínquos, estão ali tão perto de nós – ora estamos num museu da Europa, e logo podemos saltar para as Américas ou para o Oriente. Conhecemos ou revemos povos e culturas diferentes e conseguimos que o livro seja o nosso interlocutor em diálogos profícuos. E é uma viagem tão barata!
Obrigada por seres o que és, livro. Obrigada a todos os homens e mulheres deste mundo que, pela palavra nos confortam, nos abraçam, nos mimam e nos convertem em seres melhores do que éramos através da leitura de um livro…
 Filomena Lima
Professora Bibliotecária


domingo, 19 de abril de 2020

A propósito da vulcanóloga Katia Krafft - E-Book com pequenas animações



LÊ ESTE E-BOOK - SEGUE O LINK ABAIXO


No dia 17 de abril, no âmbito da nossa rubrica “Em abril, mulheres mil…” publicámos um pequeno texto em homenagem à vulcanóloga Katia Krafft.
Se gostas de vulcões, de História e de ler, claro, deixamos aqui um e-book, que podes ler na íntegra, sobre os vulcões de Pompeia, do Vezúvio e o vulcão islandês eyjafjallajokull cuja relativamente recente erupção fez parar uma parte da navegação aérea mundial.

Boa leitura! 

Segue o link para acederes ao livro: