Santo António tirando o pai da forca, Autor desconhecido, Séc. XVI
Óleo s/madeira. Museu de Lisboa.
Assinala-se amanhã, dia 13 de junho, o Dia de Santo António. Durante algumas pesquisas, sobretudo quando me preparava para partilhar a origem de algumas “Expressões com História”, acabei por ler a explicação da expressão “Tirar o pai da forca”.
A expressão utiliza-se, como sabes, quando alguém passa por nós em grande correria.
A origem desta expressão remonta ao século XIII, ao ano de 1227, quando Santo António já estava em Pádua. Ao que parece, Santo António terá sentido que alguém o chamava, desesperado, da cidade de Lisboa. Na verdade, esse pressentimento tinha a ver com o seu pai. Então, Santo António ter-se-á sentado a um canto da Igreja de Pádua, terá enfiado o capuz na cabeça, e terá começado a meditar. No meio da meditação, viu-se na cidade de Lisboa, onde o pai ia ser enforcado por ter sido acusado, injustamente, de ter matado um homem. Conta-se que Santo António terá conseguido ressuscitar esse homem, que contou a verdade, e o pai de Santo António foi libertado.
Nessa altura, Santo António viu-se, de novo, no canto da Igreja de Pádua, como se nunca de lá tivesse saído. As pessoas da terra juraram que ele não se tinha mexido e que passara o dia todo embrulhado no seu hábito em meditação.
Santo António é considerado padroeiro dos amputados, dos animais, dos estéreis, dos barqueiros, dos idosos, das grávidas, dos pescadores, agricultores, viajantes e marinheiros; dos cavalos e burros; dos pobres e dos oprimidos; é invocado para achar coisas perdidas, para conceber filhos, para evitar naufrágios e para conseguir casamento.
Fonte:
Vieira, A. (2012). Expressões com História. Alfragide: Texto Editores, Lda.
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