"Amor de Perdição" - a grande obra de Camilo no bicentenário do seu nascimento

 A 16 de março de 1825 nascia, em Lisboa, aquele que viria a ser um dos grandes escritores portugueses do século XIX - Camilo Castelo Branco. Camilo foi romancista, cronista, dramaturgo, historiador, poeta e tradutor, mas é, sobretudo, conhecido do público escolar pela sua novela, escrita em 1861, "Amor de Perdição", subtitulada "Memórias de uma família" pelo autor.

Se estás a frequentar o 11.º ano de escolaridade, penso que te poderá ser útil veres e ouvires com atenção o programa "Grandes Livros", sobre "Amor de Perdição", que partilhamos aqui. Podes encontrar esta novela e várias outras obras deste autor na tua biblioteca escolar.

200 anos do nascimento de Camilo Castelo Branco

 Sabias que faz hoje 200 anos que nasceu o escritor português Camilo Castelo Branco, autor, de entre muitos outros, do livro "Amor de Perdição?

Para ficares a saber um pouco mais sobre este autor, vê o vídeo seguinte: 

Partilhamos uma nova curadoria de conteúdos sobre “O Diário de Anne Frank”

 

“O Diário de Anne Frank” é incontestavelmente uma das obras para leitura orientada que gera uma maior adesão por parte dos alunos. Na realidade, o Diário escrito pela jovem adolescente durante os dois anos em que esteve escondida no Anexo Secreto, em Amesterdão, durante a Segunda Guerra Mundial, suscita um grande interesse e, de alguma forma, os jovens identificam-se com algumas das angústias, dúvidas, desejos e sonhos desta menina judia.

“O Diário de Anne Frank” é um dos livros mais requisitados pelos alunos na biblioteca escolar e dos poucos que os jovens leitores não esquecem.

Foi tendo em conta o interesse dos alunos por este livro, que decidimos agregar uma série de recursos sobre o Diário, recorrendo à ferramenta digital “Wakelet”. Disponibilizamos, agora, o acesso a estes recursos para que todos e todas aqueles e aquelas que se interessam pela história da jovem Anne Frank possam saber mais sobre a sua vida e sobre a sua obra mais conhecida.

Acedam a este recurso digital através do link que disponibilizamos e deixem-nos os vossos comentários. Vamos estar atentos a todas as novidades sobre Anne Frank e o seu Diário para as partilharmos convosco.

https://wakelet.com/wake/nv2GTY9_rzy9GgpXjKTJm

Mensagem de António Guterres no Dia Internacional da Mulher - 2025

8 de março – Dia Internacional da Mulher

 

Para assinalar o Dia Internacional da Mulher, a biblioteca escolar da EBS Gama Barros dinamizou mais umas “Leituras de Porta em Porta” distribuindo uma “flor” a tod@s os que trabalham na nossa escola. Através dessa flor, e por meio de um código QR, tod@s tiveram acesso a um texto da autoria de Tânia Gaspar, Professora Associada com Agregação e Diretora do Serviço de Psicologia, Inovação e Conhecimento (SPIC) da Universidade Lusófona intitulado “As Mulheres do Século XXI e o Trabalho”.

Nesse texto, que partilhamos neste artigo, a autora aborda, de entre outras, questões relacionadas com a cultura, a ética, os valores das organizações, e a liderança e o respetivo impacto na performance das mulheres a nível laboral. Como não poderia deixar de ser, não foi esquecido o teletrabalho e a consequente conciliação de várias tarefas que se impuseram, sobretudo às mulheres, nesta modalidade de trabalho.

No final do seu interessante artigo, a professora Tânia Gaspar elenca, ainda, um conjunto de iniciativas que contribuem para a promoção da igualdade de género no trabalho, a saber:

▪ Igualdade salarial – Garantir que homens e mulheres que desempenham funções semelhantes recebem remuneração igual pelo seu trabalho. A disparidade salarial de género, muitas vezes referida como “pay gap”, é um problema importante em muitas partes do mundo.

▪ Acesso igual a oportunidades de emprego e promoção – Garantir que homens e mulheres têm as mesmas oportunidades para acesso a empregos, promoções e desenvolvimento de carreira.

▪ Licença parental e flexibilidade – Oferecer políticas de licença parental justas e flexibilidade no trabalho, para permitir que homens e mulheres equilibrem suas responsabilidades familiares e profissionais.

▪ Combate ao assédio sexual – Promover um ambiente de trabalho seguro e respeitoso, com políticas rigorosas para prevenir e combater o assédio sexual.

▪ Igualdade de representação – Promover uma proporção equitativa de homens e mulheres em todos os níveis de uma organização, incluindo cargos de liderança.

▪ Cultura inclusiva – Promover uma cultura de trabalho que seja inclusiva e não discriminatória, na qual as diferenças de género sejam respeitadas e valorizadas.

▪ Educação e consciencialização – Fornecer formação e consciencialização sobre questões de igualdade de género no local de trabalho para funcionários e gestores.

▪ Promoção da assertividade e confiança nas raparigas e mulheres.

Esta atividade contou, uma vez mais, com a colaboração das nossas queridas alunas monitoras que se mostraram bastante empenhadas em distribuir “flores” e desejar a todas “Um Feliz Dia da Mulher!”.

Pode aceder ao texto através do seguinte código QR:

Miss Gage na biblioteca escolar – muito mais do que uma primeira abordagem à obra de Virginia Woolf “A viúva e o papagaio”

 

À semelhança de anos letivos anteriores, a professora bibliotecária, Filomena Lima, encarna a personagem do livro “A viúva e o papagaio”, de Virginia Woolf, para dinamizar uma sessão de motivação à leitura da referida obra.

A sessão começa com uma pequena “encenação” do início do conto - na 1.ª pessoa, é a “própria” Miss Gage que relata o que lhe aconteceu há uns anos atrás desde que recebeu uma carta dando conta da morte do seu irmão, até ao momento em que fica a saber que a quantia de 3000 libras esterlinas deixadas pelo seu irmão em testamento desapareceram.

A este momento, que envolve @s alun@s na narrativa da obra de Virginia Woolf, segue-se um pequeno trabalho de pesquisa sobre esta autora inglesa no Portal da Literatura. Esta pesquisa acaba por funcionar como um pretexto para Miss Gage consolidar algumas aprendizagens do ano letivo anterior relativas à literacia da informação, nomeadamente as referentes aos conceitos de Plágio e de Direitos de Autor. Miss Gage ensina @s alun@s a tomar notas, e sublinha a importância desta prática para evitar o tão vulgar “Copy/ Paste”. A ficha de trabalho concebida para esta atividade já foi pensada para que a “cópia” seja contornada e substituída pela tomada de notas.

A sessão termina com a partilha da informação encontrada, referente a cada um dos tópicos atribuídos aos vários grupos.

Obrigada Miss Gage por mais um encontro com @s alun@s das turmas do 5.º ano da nossa escola.

Deixamos, como sugestão, um conjunto de recursos criados pelo “Estudo Em Casa” sobre a obra “A viúva e o papagaio” que podes explorar para saberes mais sobre este conto. Acede a estes recursos através do seguinte link:

https://estudoemcasaapoia.dge.mec.pt/recurso/viuva-e-o-papagaio-de-virginia-woolf

Os tópicos para a pesquisa  

Os mosaicos de Miss Gage com os tópicos para pesquisa

O papagaio James - fiel amigo de Miss Gage

Alunos do 5.º 1.ª partem à descoberta dos Romanos…

 

Foi no âmbito do projeto “O Museu Aqui e Agora e o Futuro Que Lá Mora” que os alunos do 5.º 1.ª participaram na atividade “À Descoberta dos Romanos” na biblioteca escolar. Este projeto que está a ser desenvolvido pelo 3.º ano consecutivo, resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal de Sintra e a Rede de Bibliotecas Escolares e visa aproximar a escola, a partir da biblioteca escolar, da cultura e dos museus de Sintra de modo a aprofundar o conhecimento do património local induzindo o apreço e o respeito pelo mesmo.

O projeto desenvolve-se ao longo do ano letivo e implica a participação dos alunos de uma turma em diversas atividades, a saber: Leitura da obra alusiva ao museu “adotado” pela escola, atividades em articulação com o currículo da disciplina de História e Geografia de Portugal, visita de estudo ao museu “adotado”, participação numa oficina de escrita criativa e criação de um “produto final” alusivo ao projeto.

No caso da nossa escola, o museu que adotámos é o Museu Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas; o livro relativo a este museu, pertencente à coleção A Ler, aprender – museus para contar e encantar, da autoria de Gilda Nunes Barata e com ilustrações de Danuta Wojciechowska, intitula-se “Duas Irmãs em Odrinhas” e a respetiva oficina de leitura já foi realizada na biblioteca escolar no dia 24 janeiro.

A atividade “À descoberta dos Romanos” prevê a passagem por quatro estações diferentes nas quais os alunos identificam as diferentes partes constituintes de uma Villa Romana, pesquisam informação sobre os “Banhos e as Termas Romanos” no livro “Roma Antiga”, completam um texto lacunar sobre o Coliseu de Roma com base na leitura de um capítulo do livro “A Antiga Roma” e, por fim, identificam vários Deuses romanos, e respetivos símbolos, a partir da consulta de cartas criadas pelas professoras bibliotecárias, Filomena Lima e Gracinda Silva.

Os alunos estiveram muito envolvidos nas diversas atividades e terminaram com sucesso os desafios lançados em cada uma das estações.

Penso que é bastante pertinente partilharmos um episódio do Programa “Visita Guiada” sobre o “Museu de Odrinhas” para uma primeira abordagem a este espaço museológico do Concelho de Sintra mas não perca uma visita in loco. Não se vai arrepender.

Clique no link para aceder ao programa.

https://www.rtp.pt/play/p7378/e501599/visita-guiada

A Biblioteca a continuar a promover a articulação curricular com a disciplina de Ciências Naturais

O livro e o filme utilizados na atividade "Vulcões"

Um dos pontos fortes da biblioteca escolar da Escola Básica e Secundária de Gama Barros é, sem dúvida, o trabalho de articulação com o currículo de diferentes disciplinas. Esse trabalho tem vindo a ser consolidado e aprofundado nomeadamente com a disciplina de Ciências Naturais. “Vulcões” é apenas um exemplo de uma dessas atividades que é dinamizada em articulação com o currículo, neste caso com o do 7.º ano.

A atividade desenvolve-se em três estações, a saber: visionamento do vídeo “As consequências colossais dos super vulcões”, preenchimento de um crucigrama mediante a consulta do livro “Vulcões e sismos” e visionamento de um excerto do filme “Pompeia”. Estas atividades exigem atenção, capacidade de observação e algumas técnicas de pesquisa de informação, mas também obrigam a uma mobilização de alguns dos conhecimentos adquiridos, previamente, em contexto de sala de aula permitindo um aprofundamento dos mesmos. A título de exemplo, refira-se o interesse manifestado pelos alunos envolvidos pelo filme “Pompeia” e o facto de revelarem intenção de saber mais sobre a erupção do Vesúvio e sobre aquela bela cidade onde as escavações não param de trazer à luz do dia novos pontos de interesse.

Em jeito de conclusão, partilhamos convosco o vídeo Ted Ed que vos permitirá aprender muitos factos importantes sobre os super vulcões.

"Dinâmica do amor" e "Amor Platónico" em "Leituras de porta em porta"

 

Dinâmica do amor

“Queremos o impossível. Se começa a parecer possível, deixa de ser o que queríamos. Esta é a lei da dinâmica das nossas paixões, segundo o poeta Marcial. Ele escreveu no século I d.C.: «Persegues-me, fujo; foges, persigo-te. É esse o meu carácter: não quero a tua atenção, quero a tua rejeição.»

          Aproximadamente cinco séculos antes, Platão tinha inventado um mito para explicar a nossa insatisfação perpétua. Na origem, nós, humanos, éramos seres duplos, com dois sexos, com quatro braços, quatro pernas e duas cabeças sobre dois pescoços. Para se moverem depressa, esses seres que fomos rodopiavam ganhando impulso alternadamente com as pernas e os braços, no total oito extremidades. Com as suas capacidades duplicadas, tinham uma força prodigiosa, tanto que se tornaram arrogantes e desafiaram os deuses. Zeus castigou-os cortando cada um em duas partes e advertiu-os de que, se não se corrigissem, os partiria de novo e teriam de andar ao pé-coxinho. Fez-lhes um corte e depois esticou a pele cortada para aquilo que hoje é o umbigo, como se fechasse um saco com um cordel. Desde então, sentimo-nos incompletos, o que nos faz falta magoa-nos tanto como magoa um membro amputado muito depois da operação. Quando julgamos reconhecer na outra pessoa algo da nossa metade perdida, abraçamo-nos a ela, tentando sentirmo-nos um, como no início.

          Porém, Marcial diria que essa ideia nos agrada precisamente por ser inatingível. Segundo ele, se encontrássemos a nossa outra metade por milagre, não nos fundiríamos com ela: iríamos a correr atrás de outra pessoa mais incompatível.”

Vallejo. I. (2024). O Futuro Recordado. Bertrand Editora.

Amor platónico 

“Desejar o inalcançável e construir fantasias costumam ser ingredientes do amor. Quando estes são a única fonte desse sentimento, estamos a falar de um tipo especial de amor, o platónico. Mas, na verdade, Platão nunca se ocupou do amor não correspondido ou impossível, que perdura no tempo em forma de ideal intacto. Como é que o filósofo explica os nossos enamoramentos?

          Tudo começa na Planície da Verdade, para lá do nosso céu. Aí, os deuses desfilam em perfeitas órbitas circulares. São seguidos por um cortejo de almas aladas sem corpo que conduzem carruagens puxadas por dois cavalos. Os deuses avançam com harmonia, mas as almas apresentam um inconfundível comportamento humano: tentam ultrapassar-se umas às outras com as suas carruagens, chocam e golpeiam-se. Algumas caem na Terra com as asas partidas. Então são envolvidas por um corpo e nascem para a vida como crianças sem memória. Um dia, cada pessoa encontra alguém que a deslumbra, recordando-lhe o mundo radiante de onde vem. O apaixonado olha para a bela imagem terrestre e sente um calor ardente que fervilha dentro de si enquanto os cotos da alma fazem cócegas e as suas asas tentam a todo o custo voltar a crescer. Como na carruagem celeste, dois cavalos puxam a alma. Um deles é negro e resiste às rédeas, seduzido pelo fascínio erótico. O outro, branco e dócil, treme diante do amado. O temperamento dos dois cavalos é a razão da nossa luta interior entre o impulso e a timidez, entre a urgência do desejo e a espera paralisante. Segundo Platão, o amor é esse difícil equilíbrio equino.

Vallejo. I. (2023). Alguém Falou Sobre Nós. Bertrand Editora.

Fevereiro - o "mês do amor" na Biblioteca Escolar

 

O mês de fevereiro tem sido parcialmente dedicado ao AMOR na biblioteca da Escola Básica e Secundária de Gama Barros. As atividades envolveram várias centenas de alunos de diferentes ciclos de ensino.

As turmas de 6.º ano têm estado envolvidas numa atividade de escrita criativa que se desenvolve após uma pesquisa de léxico em livros de culinária e de uma reflexão em pequeno, e depois em grande grupo, sobre os diferentes sentimentos e as várias emoções envolvidos quando se fala de amor. As receitas de amor criadas pelos jovens alunos estão a revelar uma grande dose de criatividade e uma não menos significativa dose de maturidade. Um interessante trabalho levado a cabo no âmbito do projeto “Ler e Escrever+ com a Biblioteca Escolar” dinamizado pela professora bibliotecária, Filomena Lima, e pelas docentes de Português do 6.º ano.

Os alunos de 12.º ano participaram numa sessão de leitura de cartas de amor de Fernando Pessoa e, no mínimo, ficaram surpreendidos com o tom dominante na maioria das cartas trocadas entre o poeta e Ofélia ou não fosse o próprio Fernando Pessoa a afirmar “Todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas.”  A sessão dá a conhecer algumas das cartas trocadas na primeira fase do namoro e permite, de algum modo, perceber a evolução da relação entre ambos.

No dia de S. Valentim, houve “Correio do amor” distribuído pelas alunas monitoras da BE e, ainda, “Leituras de porta em porta” com dois textos de Irene Vallejo dos livros “Alguém Falou Sobre Nós” e “O Futuro Recordado” que partilhamos convosco.