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terça-feira, 30 de janeiro de 2024

"A Mulher que Escondeu Anne Frank" foi o livro em destaque no “Leituras de Porta em Porta” que assinalou o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

 

Miep Gies e o seu marido apoiaram a família Frank, um médico dentista amigo dos Frank, e a família Van Daan durante mais de dois anos, garantindo todo o apoio a estas oito pessoas que se esconderam num Anexo Secreto, nas traseiras do prédio onde funcionava a empresa de Otto Frank.

Ao longo de 25 meses, Miep e o seu marido, com risco da própria vida, levaram alimentos, livros, roupa, e, sobretudo, palavras de conforto a estas oito pessoas que passavam os dias, sobretudo durante o horário de expediente dos empregados da empresa, em silêncio, temendo serem descobertos e, consequentemente, encaminhados para os Campos de Concentração.

O livro é um relato não só dos primeiros anos de vida de Miep, durante a 1.ª Guerra Mundial, mas também da convivência e das dificuldades vividas durante o período em que ajudaram estes 8 judeus, dos quais só um sobreviveu – Otto Frank. Foi a ele que Miep entregou o famoso “Diário”, atirado para o chão pelos guardas Nazis que irromperam pelo Anexo no dia 4 de agosto de 1944. Foi Miep quem recolheu o “Diário” e restantes escritos de Anne Frank, na esperança de que, um dia, o pudesse entregar à sua legítima dona quando a guerra terminasse. Infelizmente, Anne não sobreviveu aos Campos de Concentração e faleceu, quase no final da Guerra, no Campo de Bergen Belsen.

O excerto que escolhemos retrata, sobretudo, momentos vividos por Miep no Anexo Secreto, nomeadamente numa altura em que, acedendo aos pedidos insistentes de Anne Frank, decide passar uma noite com eles. Só aí ela experiencia o sentimento de pavor verdadeiro, o pavor sentido por todas aquelas pessoas que, a toda a hora do dia e da noite, temiam ser descobertas.

Uma vez mais, contamos com a colaboração de alunas monitoras para a dinamização desta atividade. Docentes, assistentes administrativos e assistentes operacionais receberam esta leitura e ouviram os esclarecimentos das monitoras da BE/CRE. Muito obrigada a todas!






Conversas sobre a Revolução – 50 Anos Depois…

 

Foi na passada quinta-feira, dia 25 de janeiro, precisamente três meses antes de se assinalar meio século da revolução de abril, que se realizaram as primeiras “Conversas sobre a Revolução – 50 Anos Depois”, uma iniciativa da Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos da EBS Gama Barros e que contará com a participação de algumas personalidades do nosso meio artístico, assim como de vários docentes da nossa escola que acederam ao convite da professora bibliotecária para “conversarem” com os alunos sobre a Revolução de 74.

Os nossos primeiros convidados foram o ator Joaquim Nicolau e a atriz Rita Blanco. Ambos foram recebidos com muito entusiasmo e muita expetativa pois todos os presentes queriam saber como viveram o 25 de abril e qual a mensagem que nos deixariam a propósito desta efeméride.

Curiosamente, o ator Joaquim Nicolau começou por nos contar uma história – os alunos viriam a perceber que se tratava da história dos seus antepassados, de como chegaram a Portugal e de como os valores da tolerância e da liberdade têm sido um denominador comum ao longo das várias gerações da família deste ator Português. O Joaquim revelou ser um grande contador de histórias, capaz de captar a atenção e o interesse do público presente no Auditório. Foi este mesmo público que foi sensibilizado para a importância da leitura enquanto forma de aceder ao conhecimento e de como o saber é tão importante na preservação dos princípios da liberdade, da independência e da tolerância, e de como podemos ser facilmente manipulados quando não estamos atentos e devidamente informados.

A atriz Rita Blanco conseguiu, também, cativar as dezenas de jovens presentes, tendo a sua intervenção sido dominada por um apelo aos mais jovens no sentido de lutarem, sempre, pela liberdade e nunca a assumirem como um dado garantido. Falou-se, também, sobre a tolerância como um valor de abril e que esta deve ser transversal a toda a sociedade, independentemente das diferentes opções políticas, religiosas, ou outras. Claro que falar de abril obriga a que se fale sobre as conquistas de muitos direitos para as mulheres. Os nossos convidados sublinharam esse facto lembrando, por exemplo, que se não tivesse acontecido a revolução de abril, seria impossível termos um auditório repleto de alunos e de alunas – o mais provável seria estarem divididos e a frequentarem salas de aula diferentes.

Foram partilhas muito ricas que tornaram o dia 25 de janeiro num dia especial para todos os que tiveram o privilégio de participar neste evento.








domingo, 14 de janeiro de 2024

Anne Frank – volta a estar no centro das atenções na BE da EBS Gama Barros

 

À semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, o mês de janeiro, altura em que se assinala o Dia em Memória das Vítimas do Holocausto (27 de janeiro), é, também, o mês em que os docentes de Português iniciam a leitura de “O Diário de Anne Frank”. A Biblioteca Escolar não deixa passar em branco este acontecimento e dinamiza, para todas as turmas de 8.º ano, a atividade “Visita Virtual ao Mundo de Anne Frank”. Trata-se de uma iniciativa que pretende sublinhar a importância do “Diário de Anne Frank” enquanto documento considerado pela UNESCO como “Memória do Mundo”, e enquanto testemunho de uma jovem adolescente que dá a conhecer o seu sentir, e o seu olhar em relação à Segunda Guerra Mundial. Embora não se trate de um documento que relate, como muitos outros, os horrores cometidos nos Campos de Concentração, o Diário transmite-nos a visão mórbida e deprimente da guerra aos olhos de uma adolescente que sempre desejou que tudo melhorasse.

Para os alunos da EBS Gama Barros que participam nesta atividade, é possível terem uma noção muito clara de como o antissemitismo minou a sociedade da época e inviabilizou que muitos jovens, como eles, tivessem uma vida normal, de liberdade, de alegria e de vivência plena dos seus dias, apenas porque tinham uma outra religião.

A visita virtual ao Anexo Secreto é o culminar de uma aula de 100 minutos ao longo dos quais se dá a conhecer o background político e económico do final dos anos 30 na Alemanha, e se conhece a família Frank e os fatores que os forçaram a esconder-se, durante dois anos, num Anexo. Anne afirma a dado momento do “Diário” “Ando de quarto em quarto, subo e desço as escadas e sinto-me um pássaro com as asas cortadas, que se atira contra as grades da gaiola” – 29 de outubro de 1943.

Partilho, em jeito de sugestão, o trailer dos vídeos do Diário, disponíveis no site oficial do Museu Anne Frank de Amesterdão e no Youtube.

“Ár e Água” – leva, novamente, as 7 turmas do 5.º ano à Biblioteca Escolar

 

Sabias que…

- A água corresponde a mais de 2/3 do peso do nosso corpo?

- Os camelos vivem nos desertos, mas conseguem beber de uma só vez até 90 litros de água?

- As primeiras formas de vida surgiram nos oceanos?

- Que o Oceano mais vasto da Terra é o Oceano Pacífico?

- Que as nuvens se formam a partir da água que existe na Terra?

- Que os barcos flutuam graças ao ar que contêm?

- Que o continente da Antártida está coberto por montanhas de gelo?

 

Estas são apenas algumas das informações obtidas pelos alunos do 5.º ano durante as sessões dinamizadas na Biblioteca Escolar, no âmbito de uma parceria com os docentes de Ciências Naturais. Uma vez mais, dinamizamos atividades que permitem, por um lado, que os alunos consolidem e aprofundem os conhecimentos adquiridos nas aulas, e por outro, que os docentes de Ciências Naturais trabalhem com @s alun@s na modalidade de turnos, e assim possam realizar experiências científicas no Exploratório.

Na Biblioteca Escolar são realizadas quatro atividades em torno do tema “Ar e água”, no âmbito dos conteúdos programáticos a abordar no 5.º ano de escolaridade. Na estação A, @s alun@s pesquisam informação no livro “Kididoc – A água” com vista à realização de um exercício lacunar. Esta atividade obriga a uma leitura atenta de excertos do livro e desenvolve a capacidade de utilizar a informação pesquisada em contexto. Na estação B, o desafio passa pelo preenchimento de um crucigrama depois de procurarem a informação no livro “Ciência Divertida – AR” – por vezes, é preciso dar uma pequena ajuda… Na estação C, é altura de @s alun@s experienciarem um momento mais lúdico tendo em conta o recurso ao jogo “Quis das Ciências e Invenções” – são dez as perguntas a que @s alun@s têm de responder. É preciso selecionar a resposta correta de entre as três hipóteses dadas – o problema é que nem sempre os diferentes elementos do grupo estão de acordo. É necessário recorrer ao poder de argumentação e ser capaz de defender a opinião de cada um. Finalmente, na estação D, o desafio passa pela visualização do vídeo “O ciclo urbano da água” do grupo AdP – Águas de Portugal, que partilhamos aqui.


Os alunos têm aderido com muito empenho e entusiasmo e têm considerado, na avaliação da atividade, que esta tem contribuído para aumentar e consolidar os seus conhecimentos sobre estas matérias.