terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Conversas sobre a Revolução – 50 Anos Depois…

 

Foi na passada quinta-feira, dia 25 de janeiro, precisamente três meses antes de se assinalar meio século da revolução de abril, que se realizaram as primeiras “Conversas sobre a Revolução – 50 Anos Depois”, uma iniciativa da Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos da EBS Gama Barros e que contará com a participação de algumas personalidades do nosso meio artístico, assim como de vários docentes da nossa escola que acederam ao convite da professora bibliotecária para “conversarem” com os alunos sobre a Revolução de 74.

Os nossos primeiros convidados foram o ator Joaquim Nicolau e a atriz Rita Blanco. Ambos foram recebidos com muito entusiasmo e muita expetativa pois todos os presentes queriam saber como viveram o 25 de abril e qual a mensagem que nos deixariam a propósito desta efeméride.

Curiosamente, o ator Joaquim Nicolau começou por nos contar uma história – os alunos viriam a perceber que se tratava da história dos seus antepassados, de como chegaram a Portugal e de como os valores da tolerância e da liberdade têm sido um denominador comum ao longo das várias gerações da família deste ator Português. O Joaquim revelou ser um grande contador de histórias, capaz de captar a atenção e o interesse do público presente no Auditório. Foi este mesmo público que foi sensibilizado para a importância da leitura enquanto forma de aceder ao conhecimento e de como o saber é tão importante na preservação dos princípios da liberdade, da independência e da tolerância, e de como podemos ser facilmente manipulados quando não estamos atentos e devidamente informados.

A atriz Rita Blanco conseguiu, também, cativar as dezenas de jovens presentes, tendo a sua intervenção sido dominada por um apelo aos mais jovens no sentido de lutarem, sempre, pela liberdade e nunca a assumirem como um dado garantido. Falou-se, também, sobre a tolerância como um valor de abril e que esta deve ser transversal a toda a sociedade, independentemente das diferentes opções políticas, religiosas, ou outras. Claro que falar de abril obriga a que se fale sobre as conquistas de muitos direitos para as mulheres. Os nossos convidados sublinharam esse facto lembrando, por exemplo, que se não tivesse acontecido a revolução de abril, seria impossível termos um auditório repleto de alunos e de alunas – o mais provável seria estarem divididos e a frequentarem salas de aula diferentes.

Foram partilhas muito ricas que tornaram o dia 25 de janeiro num dia especial para todos os que tiveram o privilégio de participar neste evento.








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