domingo, 30 de novembro de 2025

Queres conhecer melhor o poeta Fernando Pessoa? Então lê um dos seguintes livros...

90 anos após a morte de Fernando Pessoa, a Biblioteca Escolar apresenta duas sugestões de leitura: uma para os mais jovens, e outra para leitores que já conhecem um pouco da obra deste grande nome da Literatura Portuguesa. Poderás encontrar estes dois livros na biblioteca da escola. Aceitas esta sugestão?


“Fernando Pessoa - O Menino que Era Muitos Poetas”

José Jorge Letria, João Fazenda

“Era uma vez um menino que era vários meninos e em cada menino morava um poeta e em cada poeta um outro poeta. Assim, nunca mais ninguém podia saber quantos poetas havia, ao certo, dentro daquele poeta.”

 

"O Livro do Desassossego" é uma obra póstuma e inacabada de Fernando Pessoa, assinada pelo seu semi-heterónimo Bernardo Soares. É uma coleção de fragmentos em prosa, como um diário íntimo, que explora as reflexões, sentimentos e a vida de um ajudante de guarda-livros na Baixa de Lisboa. O livro, publicado pela primeira vez em 1982, é composto por centenas de textos recolhidos a partir da arca de papéis de Pessoa e não possui uma narrativa linear.” 

30 de novembro de 1935 - Morre Fernando Pessoa

Assinala-se hoje, 30 de novembro, a morte de Fernando Pessoa, um dos maiores nomes da literatura portuguesa e uma das figuras centrais do modernismo. Falecido em 1935, Pessoa deixou-nos uma obra vasta, complexa e fascinante, escrita não apenas sob o seu nome, mas também através de múltiplos heterónimos — Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, entre outros — cada um com voz, estilo e pensamento próprios.

Autor de “Mensagem”, único livro em português publicado em vida, e de uma imensidão de poemas, textos filosóficos e reflexões que continuam a ser estudados e admirados, Pessoa permanece uma presença viva na nossa cultura. A sua escrita convida-nos a pensar sobre a identidade, o sonho, o destino e a pluralidade do ser humano.

Para conhecer um pouco mais sobre este génio literário, propomos o visionamento deste vídeo.

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Clube de Leitura – Partilhas com o 9.º 4.ª

 

A biblioteca escolar acolheu hoje mais uma sessão do Clube de Leitura, no âmbito de uma parceria entre a professora de Português, Ana David, e a biblioteca escolar. A turma 9.º 4.ª participou num momento de diálogo em torno de três obras de Maria Teresa Maia Gonzalez: “A Lua de Joana”, “Cartas da Beatriz” e “Dietas e Borbulhas”.

Antes desta sessão de partilha, os alunos e as alunas participaram  numa sessão de motivação à leitura e de enquadramento das obras acima mencionadas, dinamizada pela professora bibliotecária, Filomena Lima, onde foram apresentados os temas centrais dos livros. Nessa sessão, houve, também, oportunidade de ler excertos das três obras, o que permitiu despertar curiosidade e incentivar uma leitura mais atenta e consciente.

Durante a sessão de hoje, os participantes puderam partilhar impressões, relacionar as histórias com vivências reais e debater diferentes pontos de vista. As obras abordam temas sensíveis e urgentes — dependência das drogas, bullying, anorexia e bulimia — que dialogam diretamente com desafios enfrentados por muitos jovens.

Este encontro revelou-se enriquecedor e constituiu mais um passo importante no propósito maior de motivar os alunos para gostarem de livros e de ler, ao mesmo tempo que se tenta desenvolver a sensibilidade, o pensamento crítico e a empatia através da literatura.

A biblioteca escolar agradece o empenho da turma e a colaboração da professora Ana David, reforçando o compromisso de continuar a criar espaços de partilha, reflexão e descoberta através dos livros.


Leituras de Porta em Porta – 25 de novembro

 

Ontem, dia 25 de novembro, assinalámos o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres com mais uma edição das “Leituras de Porta em Porta”. Desta vez, o texto escolhido foi um excerto de O Som em Mim, da autora portuguesa Iris Bravo, que nos convida a refletir sobre a realidade da violência doméstica — um flagelo que, só este ano, já vitimou em Portugal 24 mulheres.

A iniciativa, dinamizada pela biblioteca escolar, contou com a colaboração dedicada de algumas alunas monitoras, que distribuíram o texto pelos docentes, assistentes administrativas e assistentes operacionais.

Mais do que promover o gosto pela leitura, esta ação pretendeu despertar consciências, provocar diálogo e alertar a comunidade escolar para um problema social que continua a marcar vidas e para o qual, infelizmente, ainda não se vislumbra solução.

Porque ler também é uma forma de não ficar em silêncio.








Aqui fica o texto que foi distribuído.

“Tinha dezenas de áudios da Kika guardados no meu telemóvel. A minha irmã gravava-os para mim desde que eu tinha oito anos e arranhei o carro do pai com a bicicleta. Começou por gravar num gravador com cassetes muito pequenas e foi evoluindo: incluía estratégias para diferentes cenários ameaçadores que ela previa, conselhos e canções. Eram a minha rede de segurança quando me sentia perder o rumo num lar que se desintegrava a cada dia. Depois de fugirmos, tornaram-se ainda mais frequentes. Faziam-me companhia enquanto ela andava no Mediterrâneo e davam-me segurança no meio das incertezas.

          A Kika contava histórias engraçadas, enviava teorias interessantes, doidas ou mais ou menos credíveis, de pessoas que conhecia nos vários trabalhos e, muito importante, previa situações passíveis de me tirarem o sono e dava-me instruções sobre o que fazer em cada uma delas.

          Os áudios mais importantes, que reproduzi vezes sem conta, incluíam o pai, como ele poderia fazer queixa à polícia por me terem «raptado» e como me livrar dele, caso me encontrasse.

          Nunca me perdoaria se fosse eu a denunciar-nos com uma jogada egoísta.

          Não pensei com clareza porque estava cega de raiva pela Nádia e pela Escola Secundária das Olaias. Transtornada pela rotina insuportável e por saudades da minha outra vida na qual ninguém me chamaria lixo, caí naquele erro.

          Não o podia dizer à minha irmã, mas não era só da minha antiga vida que tinha saudades.

          Não o podia dizer ao pé dela, depois do que fez para vivermos escondidas, mais o que lhe aconteceu quando foi despedida do cruzeiro e nunca nos contou. Não parecia ela quando chegou. Ficou na cama vários dias com um olhar estranho, como se estivesse fora do corpo, parecido com os drogados que arrumam carros por moedas.

          Algo mau aconteceu, e eu não podia admitir-lhe que não era só de Braga, dos meus animais, do campo, dos amigos e da escola, também sentia saudades dele.

          Saudades do que ele significava, do estatuto e da proteção que me garantia.

          E o mais grave é que não era só disso. Também sentia saudades do seu rosto barbeado e perfumado de manhã quando lhe dava um beijo de bons-dias. Saudades de ele me ir buscar à escola, bem-vestido e bonito, os professores a pararem para o cumprimentar, os pais dos colegas a puxarem conversa e a elogiarem-lhe o carro.

          Saudades do riso dele, quando ria das próprias piadas em inglês e me desalinhava os cabelos quando eu não as percebia. Saudades do seu olhar preocupado e ao mesmo tempo orgulhoso, antes de eu aumentar o tamanho da barreira de obstáculos para saltar com a minha égua.

          Saudades de quando ele me encontrou a chorar na cozinha, porque decidi fazer croquetes de tofu para levar à quermesse do nono ano e saíram uns cilindros toscos e esturricados. Saudades de ele me ter abraçado e troçado dos croquetes feios, de me dizer que resolveria o problema  e de ter regressado da rua com uma caixa de croquetes vegan tão perfeitos que toda a escola quis provar.

          Amava-o e precisava dele, só que também o odiava, não tanto como a Kika, mas o suficiente para não querer ser a responsável por ele nos encontrar.

          Na última discussão antes de fugirmos, as mãos dele puxavam os cabelos da minha mãe, à altura da nuca, a arrastá-la pela casa, a chamar-lhe nomes horríveis, burra, puta, estúpida, vaca de merda, nomes que ele nunca usava em público, nem para mais ninguém, além da minha mãe e da minha irmã.

          A caminho de casa, (…) imaginei-o a voltar a fazê-lo se nos descobrisse, a lançar-lhes sopapos e a responsabilizá-las por terem tornado a «Mariana, a única que se aproveitava» numa marginal. Imaginei-o a chamar-lhes vacas, putas, inúteis e estúpidas.

As imagens futuras imaginadas misturaram-se com as passadas reais, até a cabeça me doer. As mãos dele a largarem os cabelos da minha mãe para empurrarem a Kika contra a parede, a acertarem-lhe na cara, por se atrever a aparecer, por se ter intrometido, por ser uma estúpida de merda que pensava que lhe fazia frente. Ela já devia saber, se não sabia, ele ia mostrar-lhe como acabavam todas as pessoas que lhe faziam frente. 

Só elas é que acabavam marcadas, nada aconteceu a nenhum dos credores, aos funcionários que reclamaram salários atrasados ou aos responsáveis da tesouraria da empresa que lhe fizeram frente. Elas as duas eram as únicas pessoas que acabavam marcadas. Mesmo quando não lhe faziam frente, elas ficavam marcadas e ele não marcava mais ninguém.

A mim também me bateu, mas nunca me marcou, ou, pelo menos, não tanto como a elas. Nada que eu não lhe perdoasse.

Eu era a menina dos olhos dele. A sua menina esperta, a sua menina linda. A que lhe seguiria as pegadas no negócio da família quando tirasse o curso de gestão.

Eu não queria gerir nada, nem pensar em lucros ou despesas. Queria biologia, natureza, ecologia, bichos, sustentabilidade, proteger espécies e habitats.

«Podes ser ecologista como hobby, mas uma cabecinha tão boa como a tua tem de tirar gestão, vais desperdiçar-te em biologia, Marianinha.»

Não o contrariei, disse-lhe que iria para ciências e entraria em gestão com a específica de matemática. Deixei o confronto para mais tarde. Se não tivéssemos fugido de casa, talvez só lhe dissesse no dia da candidatura que pus a cruz na biologia e não na gestão. Ou, se calhar, só no primeiro dia de faculdade, ou quando passasse para o segundo ano, ou na Queima das Fitas. Eu nunca o contrariava, era por isso que eu era a sua menina querida.

Era por isso que eu lhe conhecia a outra face, a que não criava momentos de terror e maldade. (…)

Talvez ele também não quisesse casar e ter filhos, como eu também não queria. «Fazes bem, Marianinha, se eu soubesse o que sei hoje…»

Eu suspeitava de que a Kika tivesse nascido por acidente, ou que a mãe tivesse engravidado contra a vontade dele. Nunca mo explicou assim, mas foi algo que deduzi em algumas conversas em que ele se deixou levar, nos tempos em que eu montava a Mimosa e ele o Duque pelo campo em volta do rio Cávado. (…)

- É mesmo verdade? Vocês estão escondidas? Porquê?

Se me queria juntar a ele em alguns intervalos, não podia tornar-me numa múmia quando me fazia perguntas.

- Fugimos porque o meu pai batia na minha mãe e ninguém acreditou, porque ele parece ser boa pessoa. Ele era importante, tinha uma empresa grande e muitos amigos, e deve estar à nossa procura, por isso, quanto mais discretas formos, melhor. Por favor, não contes a ninguém (…)

- Então, se ele tinha uma empresa grande, vocês lá em Braga eram assim, tipo, ricos?

Encolhi os ombros porque os factos que nos levaram à falência não eram claros para mim, custava-me acreditar que alguém que sabia de cor o nome científico de todos os pássaros pudesse ser responsável por todos os erros que a Kika lhe apontava.

- Sim, acho que sim, antes de a empresa começar a dar problemas. O Tó cruzou os braços e fitou-me cada vez mais atento.

- E mesmo quando eram, tipo, ricos e importantes, o teu pai também arreava na tua mãe? Viste isso acontecer? À tua frente?

Vira, muitas vezes, mas a memória que me invadiu era tão antiga que nem sabia quando se passara. Estava agarrada às pernas da minha mãe, olhava para cima e não compreendia porque é que ela soluçava. «Olha a menina, olha a menina, olha a menina», como se o pai não me estivesse a ver, ali mesmo, no meio das pernas deles. Depois a Kika a puxar-me, levantar-me pela cintura e a subir a escada, a apertar-me, com a cara muito vermelha.

- Sim, vi acontecer à minha frente e, noutras vezes, soube que aconteceu porque a minha mãe ficava com nódoas negras na cara e nos braços.

O Tó parecia cada vez mais confuso e remexeu a franja que lhe tapava os olhos.

- Porra, que ganda merda. Afinal, não serve de muito ser-se rico, se as mães levam na tromba à mesma.

Percebi que era uma declaração de igualdade.

- Sim, acho que sim.”

In Bravo, I. (2024). O Som Em Mim. Cultura Editora.


“O Dicionário do Menino Andersen”: Criatividade e Palavras na Biblioteca

 

Ao longo dos últimos dias, as turmas do 6.º ano tiveram oportunidade de participar na atividade “O Dicionário do Menino Andersen”, uma iniciativa da Biblioteca Escolar em parceria com as docentes de Português, pensada para estimular a criatividade, o pensamento crítico e o gosto pela linguagem.

A sessão começou com um exercício simples, mas essencial: consultar o dicionário convencional. Cada aluno pesquisou o significado de duas palavras no dicionário, partilhando com a turma o que encontrou. Este momento inicial permitiu relembrar a importância do dicionário enquanto ferramenta fundamental para compreender o mundo e a língua.




Depois, avançou-se para outro tipo de exploração: aquele que vive nas páginas do livro O Dicionário do Menino Andersen, de Gonçalo M. Tavares. Neste livro singular, o autor apresenta um menino cansado de encontrar sempre as mesmas definições formais e rígidas. Como resposta, Andersen decide criar um dicionário muito particular, onde as palavras ganham novas vidas, sentidos inesperados e descrições carregadas de imaginação. As definições tornam-se metáforas, imagens poéticas, pequenos convites a olhar o quotidiano através de lentes mais criativas.






Inspirados por esta abordagem, os alunos receberam um saquinho de palavras, de onde retiraram, à sorte, o termo que teriam de reinventar. Surgiram definições surpreendentes, divertidas, sensíveis e profundamente originais.

A atividade não só reforçou o contacto com a obra literária e o uso do dicionário tradicional, como também incentivou os alunos a perceber que a linguagem é um espaço vivo, onde é possível experimentar, recriar e olhar para as palavras de forma artística.

“O Dicionário do Menino Andersen” mostrou que aprender Português pode ser também um exercício de liberdade criativa. E, mais uma vez, a parceria entre a Biblioteca Escolar e os docentes revelou-se fundamental para fazer nascer atividades que unem conhecimento, leitura e imaginação.



Aqui ficam algumas das definições dos alunos à luz do livro “O Dicionário do Menino Andersen”:

Cérebro – É um cofre de imaginação que pode guardar coisas antigas. (Bernardo Santos e Leonor Pais – 6.º 7.ª);

Olhos – É como se fosse uma máquina fotográfica que fica na cara e grava tudo na primeira pessoa. A única diferença é que, em vez de guardar as coisas na máquina, guarda no cérebro. (Tomás Seixas e Geisiane Semedo – 6.º 7.ª);

Radiografia – É uma máquina que parece um espelho que vê os nossos ossos. (Lucas Castro e Eriane Semedo – 6.º 1.ª);

Nariz – É a porta do ar no corpo humano. (Leonor Alves e Beatriz Pires – 6.º 1.ª);

Músculos – É um herói que protege os ossos de qualquer situação perigosa e que obtemos quando vamos ao ginásio. (Gabriele Carneiro e Eliane Costa – 6.º 1.ª);

Comprimido – É uma cápsula mágica para salvar vidas. (Lara Ramos e Rodrigo Pica – 6.º 2.ª);

Xixi – Parece limonada só que não se bebe e entra na sanita. (Bianca Furtado e Andreia Marçal – 6.º 2.ª);

Nariz – Pistola de ranho ou selva com macacos. (Martim Dias e Samuel dos Anjos – 6.º 2.ª);

Bactéria – Pestinhas viciadas em contaminar os seres vivos. (Fatumata Só, Gabriela Tamele e David Pinto – 6.º 3.ª);

Língua – O mar que empurra os alimentos para dentro e também nos ajuda a lamber coisas. (Guilherme O. e Martim Sequeira – 6.º 3.ª);

Veias – São como rios de caneta verde na pele. (Oziel G. e Lucas Tavares – 6.3.ª);

Vírus – Um ser vivo que seguiu o caminho do mal. Ele está determinado a infetar o ser vivo onde entra. (Gabriel Santos e Bruno Conceição – 6.º 5.ª);

Garganta – Parte do corpo que abre portas para um buraco negro. (Lucian Rusu e Vera Mesquita – 6.º 5.ª);

Pele – Local onde se pode fazer rabiscos para parecermos radicais. (Carolina e Duarte – 6.º 4.ª);

Dedo – Minhoca agarrada ao corpo humano que muitas crianças adoram enfiar no nariz. (Matilde Pereira e Diogo Clemente – 6.º 4.ª);

Músculos – o nosso super-herói Hulk do corpo que nos salva nos momentos mais pesados e nos momentos de quedas. (Madalena Corrêa e L. Veiga – 6.º 6.ª);

Sangue – Sumo natural preferido dos vampiros. (Juliana Rosa e Caetana Augusto – 6.º 6.ª);

Nervos – Um bichinho muito pequenino que nos bate nas paredes do cérebro e nos faz esquecer do nosso próprio nome e, por vezes, nos causa muita ansiedade. (Beatriz Monteiro, Beatriz Novas e Alicia Antunes – 6.º 6.ª);

Ossos – O aperitivo favorito dos cães. É muito forte, mas partido dá muitos prejuízos. (Bruno Pereira e Haniel Santana – 6.º 6.ª);

Unhas – Parte do corpo usada para facilitar a abertura das prendas ou para rasgar coisas de plástico. (Tiago Correia e Martim Fernandes – 6.º 6.ª).


sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Aprender com Sabor: Atividades sobre Alimentação Saudável na Biblioteca Escolar


Na Biblioteca Escolar, aprender é sempre uma aventura. Desta vez, a alimentação saudável foi o tema central de uma iniciativa muito especial dinamizada pela Biblioteca Escolar, em articulação com a disciplina e com as docentes de Ciências Naturais do 6.º ano. Ao longo de uma sessão repleta de descobertas e aprendizagens, os alunos participaram em quatro atividades rotativas, todas com um objetivo comum: promover hábitos alimentares equilibrados e saudáveis, de forma prática e divertida.

 “A Roda Diária”

Nesta estação, os alunos foram desafiados a distribuir imagens de alimentos pelas três principais refeições do dia — pequeno-almoço, almoço e jantar — procurando garantir o equilíbrio e a diversidade. Uma excelente forma de refletir sobre as nossas escolhas diárias à mesa!



“Sarah’s Cooking Class”


Com a ajuda da app “Sarah’s Cooking Class”, os participantes aprenderam a preparar um delicioso e nutritivo “Smoothie” de fruta, uma alternativa saudável aos sumos industriais cheios de corantes e conservantes. A atividade despertou o interesse dos alunos para a importância de optar por alimentos naturais e confecionados de forma simples.





“Curiosidades sobre Alimentos”


Inspirados pelo livro “100 Coisas para Saber sobre Comida”, os alunos resolveram uma palavras cruzadas repletas de factos curiosos sobre o que comemos.  Uma forma divertida de aprender com os livros e descobrir que a ciência também se esconde nos alimentos que consumimos!


“A Pirâmide Alimentar da Dieta Mediterrânica”


Nesta estação, os participantes organizaram “alimentos” pelos diferentes níveis da Pirâmide Alimentar da Dieta Mediterrânica, aprendendo quais devem estar na base da nossa alimentação e quais devem ser consumidos com moderação.



Estas atividades decorreram em simultâneo com outras de carácter mais experimental, no Exploratório, com as turmas divididas em turnos, permitindo uma abordagem mais prática e experimental. A iniciativa constitui uma oportunidade enriquecedora para consolidar conteúdos do currículo de Ciências Naturais e, ao mesmo tempo, reforçar o papel da Biblioteca Escolar como espaço de aprendizagem ativa, interdisciplinar e criativa.


quinta-feira, 6 de novembro de 2025

“The Creepy Library”: Criatividade e Terror na Biblioteca Escolar

"The Creepy Library"

No âmbito das celebrações do Halloween, a docente de Inglês, Clara Afonso, desafiou os alunos das suas turmas de 5.º e 6.º anos a criarem capas de livros, em inglês, inspiradas nesta data tão misteriosa. A atividade, dinamizada na Biblioteca Escolar, convidou os estudantes a imaginarem o título, o autor, o símbolo da editora e a ilustração das suas próprias obras de terror.

Antes de porem mãos à obra, os alunos participaram numa pequena sessão orientada pela Professora Bibliotecária, Filomena Lima, dedicada à observação e análise de capas de livros ingleses relacionados com o Halloween, explorando elementos gráficos, tipográficos e simbólicos característicos deste género.

As capas criadas estão, agora, em exibição de forma muito especial: ficaram “arrumadas” nas prateleiras da assustadora e criativa “Creepy Library”, um espaço cenográfico concebido pela docente de Artes Ana Teresa Caixinha.

O resultado final não podia ser mais surpreendente — uma coleção de capas originais, cheias de imaginação, cor e um toque arrepiante, que transformou a biblioteca num verdadeiro cenário de Halloween!




















 

terça-feira, 28 de outubro de 2025

"Olá, Robot!" - A IA para além das estantes no ano de 2035 (2)


Fonte da imagem: Rodrigo Mozelli (gerado com IA)/Olhar Digital

E aqui deixamos mais alguns textos escritos pelos nossos alunos do 9.º ano no âmbito da atividade "Olá, Robot!", dinamizada na Biblioteca Escolar ao longo do mês de outubro.

Cacém, 10 de outubro de 2035

Querido diário,       

          Hoje tive de acordar às sete da manhã para ir para a faculdade. Comprei recentemente um carro que se conduz a si mesmo e foi uma das minhas melhores compras. Já lançaram os novos carros voadores, mas ainda são demasiado caros.

Na faculdade, estivemos a estudar a anatomia humana com um robot, foi bastante engraçado já que o professor às vezes era corrigido pelo mesmo. Em educação física já não há professores humanos, só robots para nos ensinar ou dar ordens.

Tinha a tarde livre e a minha amiga também, por isso fizemos uma “holo-call” - é como uma chamada mas em holograma e vimos juntas um filme. É muito melhor assim, dado que ela vive longe.

  Acabei a minha noite com um banho, jantei fora e li antes de ir dormir.

Até amanhã!

Sara Paulino (9.º 6.ª)

8 de outubro de 2035

Querido Diário,

Hoje, assim que acordei, algo estava diferente! Olho para o meu telemóvel e em vez de estarmos em 2025 estamos em 2035. Decido ver como o mundo evoluiu em dez anos e vivo o meu dia como devido.

Levanto-me e visto-me. Verifico que ao lado do espelho do guarda-roupa há um tablet que escolhe a minha roupa, pelo menos, assim não tive de pensar sobre isso. Na rua, os carros andam sozinhos e o meu pequeno-almoço foi feito por mim a carregar num botão e a aparecerem panquecas com mel e sumo de laranja na mesa. Acho estranho, mas continuo... Quando chego a casa, já de noite, as luzes acenderam quando abri a porta, o meu café já estava a ser feito e a casa estava limpa. Porém, eu moro sozinha. Terá sido uma das novas invenções que não existiam em 2025?

Depois de refletir sobre este dia, dez anos no futuro, percebo que eu quase não tive de pensar - os robots e a inteligência artificial fizeram tudo por mim, parecia que em vez de viver a vida eu apenas existia. Gostava de voltar aos tempos em que a vida não era cheia de ecrãs e máquinas a trabalharem por mim…

                                                                                                           Com ternura, Clara

Maria Clara Teixeira (9.º 3.ª)


10-10-2035 

Olá, Carolina do passado.                                                                                 

Em 2035, quase todos os humanos são acordados por um robot, que faz o pequeno-almoço e a cama. Contudo, ainda nos temos de vestir sozinhas. 

Hoje em dia, eu vou para a escola com um carro inteligente que se conduz sozinho e que podemos personalizar como quisermos. Ao chegar à escola, já temos o reconhecimento facial que dá entrada nos pavilhões onde teremos as aulas. As aulas são dadas por um robot e já não há cadernos, usamos tablets. A biblioteca já quase não tem livros - tem computadores, tablets e telemóveis. A professora bibliotecária também foi substituída por um robot, e a biblioteca está agora sempre vazia. 

Nos meus tempos livres, costumo assistir a filmes e séries feitas por IA, ou até ver espetáculos de robots. Aos fins de semana, vou ver os jogos do Benfica, que em vez de ter jogadores, tem robots, mas todos com nomes e números diferentes. 

Aproveita o tempo sem IA. 

Beijinhos. 

Carolina Sequeira (9.º 6.ª)