quarta-feira, 26 de novembro de 2025

“O Dicionário do Menino Andersen”: Criatividade e Palavras na Biblioteca

 

Ao longo dos últimos dias, as turmas do 6.º ano tiveram oportunidade de participar na atividade “O Dicionário do Menino Andersen”, uma iniciativa da Biblioteca Escolar em parceria com as docentes de Português, pensada para estimular a criatividade, o pensamento crítico e o gosto pela linguagem.

A sessão começou com um exercício simples, mas essencial: consultar o dicionário convencional. Cada aluno pesquisou o significado de duas palavras no dicionário, partilhando com a turma o que encontrou. Este momento inicial permitiu relembrar a importância do dicionário enquanto ferramenta fundamental para compreender o mundo e a língua.




Depois, avançou-se para outro tipo de exploração: aquele que vive nas páginas do livro O Dicionário do Menino Andersen, de Gonçalo M. Tavares. Neste livro singular, o autor apresenta um menino cansado de encontrar sempre as mesmas definições formais e rígidas. Como resposta, Andersen decide criar um dicionário muito particular, onde as palavras ganham novas vidas, sentidos inesperados e descrições carregadas de imaginação. As definições tornam-se metáforas, imagens poéticas, pequenos convites a olhar o quotidiano através de lentes mais criativas.






Inspirados por esta abordagem, os alunos receberam um saquinho de palavras, de onde retiraram, à sorte, o termo que teriam de reinventar. Surgiram definições surpreendentes, divertidas, sensíveis e profundamente originais.

A atividade não só reforçou o contacto com a obra literária e o uso do dicionário tradicional, como também incentivou os alunos a perceber que a linguagem é um espaço vivo, onde é possível experimentar, recriar e olhar para as palavras de forma artística.

“O Dicionário do Menino Andersen” mostrou que aprender Português pode ser também um exercício de liberdade criativa. E, mais uma vez, a parceria entre a Biblioteca Escolar e os docentes revelou-se fundamental para fazer nascer atividades que unem conhecimento, leitura e imaginação.



Aqui ficam algumas das definições dos alunos à luz do livro “O Dicionário do Menino Andersen”:

Cérebro – É um cofre de imaginação que pode guardar coisas antigas. (Bernardo Santos e Leonor Pais – 6.º 7.ª);

Olhos – É como se fosse uma máquina fotográfica que fica na cara e grava tudo na primeira pessoa. A única diferença é que, em vez de guardar as coisas na máquina, guarda no cérebro. (Tomás Seixas e Geisiane Semedo – 6.º 7.ª);

Radiografia – É uma máquina que parece um espelho que vê os nossos ossos. (Lucas Castro e Eriane Semedo – 6.º 1.ª);

Nariz – É a porta do ar no corpo humano. (Leonor Alves e Beatriz Pires – 6.º 1.ª);

Músculos – É um herói que protege os ossos de qualquer situação perigosa e que obtemos quando vamos ao ginásio. (Gabriele Carneiro e Eliane Costa – 6.º 1.ª);

Comprimido – É uma cápsula mágica para salvar vidas. (Lara Ramos e Rodrigo Pica – 6.º 2.ª);

Xixi – Parece limonada só que não se bebe e entra na sanita. (Bianca Furtado e Andreia Marçal – 6.º 2.ª);

Nariz – Pistola de ranho ou selva com macacos. (Martim Dias e Samuel dos Anjos – 6.º 2.ª);

Bactéria – Pestinhas viciadas em contaminar os seres vivos. (Fatumata Só, Gabriela Tamele e David Pinto – 6.º 3.ª);

Língua – O mar que empurra os alimentos para dentro e também nos ajuda a lamber coisas. (Guilherme O. e Martim Sequeira – 6.º 3.ª);

Veias – São como rios de caneta verde na pele. (Oziel G. e Lucas Tavares – 6.3.ª);

Vírus – Um ser vivo que seguiu o caminho do mal. Ele está determinado a infetar o ser vivo onde entra. (Gabriel Santos e Bruno Conceição – 6.º 5.ª);

Garganta – Parte do corpo que abre portas para um buraco negro. (Lucian Rusu e Vera Mesquita – 6.º 5.ª);

Pele – Local onde se pode fazer rabiscos para parecermos radicais. (Carolina e Duarte – 6.º 4.ª);

Dedo – Minhoca agarrada ao corpo humano que muitas crianças adoram enfiar no nariz. (Matilde Pereira e Diogo Clemente – 6.º 4.ª);

Músculos – o nosso super-herói Hulk do corpo que nos salva nos momentos mais pesados e nos momentos de quedas. (Madalena Corrêa e L. Veiga – 6.º 6.ª);

Sangue – Sumo natural preferido dos vampiros. (Juliana Rosa e Caetana Augusto – 6.º 6.ª);

Nervos – Um bichinho muito pequenino que nos bate nas paredes do cérebro e nos faz esquecer do nosso próprio nome e, por vezes, nos causa muita ansiedade. (Beatriz Monteiro, Beatriz Novas e Alicia Antunes – 6.º 6.ª);

Ossos – O aperitivo favorito dos cães. É muito forte, mas partido dá muitos prejuízos. (Bruno Pereira e Haniel Santana – 6.º 6.ª);

Unhas – Parte do corpo usada para facilitar a abertura das prendas ou para rasgar coisas de plástico. (Tiago Correia e Martim Fernandes – 6.º 6.ª).


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