“Elvira Fortunato
nasceu em Almada em 1964 e desde pequena que sonhava ser engenheira, porque já
então «gostava de construir coisas». Em 1987, licenciou-se em Engenharia Física
e dos Materiais na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de
Lisboa, no polo da Costa da Caparica, muito perto do sítio onde cresceu.
E Elvira não parou por
aí. Em 1991 fez o Mestrado sobre Materiais Semicondutores e em 1995 o
Doutoramento em Microeletrónica e Optoeletrónica, na mesma universidade. Mais
tarde tornou-se professora e investigadora do Departamento de Ciência dos
Materiais da FCT.
Elvira sempre gostou da
ideia de expandir os usos e as aplicações dos materiais. Certo dia, em conversa
com um dos seus doutorandos acerca de um projeto, Elvira sugeriu que ele usasse
papel, em vez de sílica, como material isolante para um transístor. Para
surpresa de ambos, funcionou!
Depois de muita
investigação e experiências, nascia o primeiro transístor de papel, ou papel
eletrónico. Em 2008, esta invenção valeu a Elvira o maior prémio alguma vez
atribuído a Portugal pelo Conselho Europeu de Investigação. Seguiram-se muitas
outras distinções e prémios, nacionais e internacionais. (…)
As aplicações da
tecnologia eletrónica «inteligente» são infinitas! Elvira Fortunato está a
desbravar terreno todos os dias e é a prova de que uma cientista portuguesa
pode dar cartas a nível internacional.”
Ignotofsky, R. (2018). As Cientistas – 52 mulheres intrépidas que mudaram o mundo. Lisboa: Bertrand Editora.
Para conheceres melhor esta cientista e os seus últimos projetos, vê a interessante entrevista que se segue:
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