quinta-feira, 23 de abril de 2020

Dia Mundial do Livro - 23 de abril





A 23 de abril de 1564 nascia em Startford-upon-Avon, em Inglaterra, aquele que viria a ser um dos grandes dramaturgos e poetas do mundo – William Shakespeare. Curiosamente, no mesmo dia, 52 anos depois, em 1616, o próprio William Shakespeare e o escritor espanhol Miguel de Cervantes viriam a falecer.
Por essa, e por outras razões, em 1996, a UNESCO decidiu que o dia 23 de abril passaria a ser o Dia Mundial do Livro.
Num momento em que vivemos em isolamento social devido à pandemia de Covid-19, importa, mais do que nunca, celebrar o Dia Mundial do Livro. É certo que, em anos anteriores, não deixaríamos passar o dia sem nos deslocarmos a uma livraria, fosse ela de rua ou num centro comercial, para ficarmos a par das novidades e, certamente, não sairíamos de lá sem comprar mais um livro. Desta vez, foi com um misto de estranheza e de saudosismo que passámos pela Livraria Bertrand ou pela Fnac e apenas vislumbramos por entre os vidros da montra as últimas novidades de há mais de um mês atrás. As livrarias continuaram encerradas, e só podemos satisfazer o nosso prazer de acariciar a capa de uma nova aquisição através de uma compra online.
No entanto, mais do que nunca, os livros assumem-se como janelas que se abrem para o mundo lá fora. E se, na realidade, estamos a ser permanentemente bombardeados pelos media com notícias quase exclusivamente relacionadas com o novo vírus, o livro continua a facultar-nos a ilusão de que o mundo lá fora continua a rodar como se nada de muito diferente tivesse acontecido.
Num momento em que voltámos à telescola, o livro é um professor omnipresente – com ele podemos aprender tudo – Português, Ciências, Física, História, Geografia, Literatura, línguas estrangeiras… enfim, com o livro podemos abarcar uma imensidão de universos que estão, ali, à mão de semear.
O livro é um confidente que nos ouve sem nos recriminar e sem fazer juízos de valor e que, de uma forma ou de outra, tem sempre a palavra certa que queremos ou precisamos de receber.
O livro é o psicólogo que nos apazigua quando a ansiedade nos invade ou a tristeza nos tenta afundar. Ele traz-nos para a tona da água e mostra-nos, apenas, o lado bom da vida.
O livro é a melhor agência de viagens do globo… Todos os países, mesmo os mais longínquos, estão ali tão perto de nós – ora estamos num museu da Europa, e logo podemos saltar para as Américas ou para o Oriente. Conhecemos ou revemos povos e culturas diferentes e conseguimos que o livro seja o nosso interlocutor em diálogos profícuos. E é uma viagem tão barata!
Obrigada por seres o que és, livro. Obrigada a todos os homens e mulheres deste mundo que, pela palavra nos confortam, nos abraçam, nos mimam e nos convertem em seres melhores do que éramos através da leitura de um livro…
 Filomena Lima
Professora Bibliotecária


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