St. Louis, Missouri, 4 de abril
de 1928 — Winston-Salem, Carolina do Norte, 28 de maio de 2014
Wangari Muta Maathai passou
a infância na Califórnia, em St. Louis, e viveu com a avó paterna,
Annie Henderson, a maior parte de sua infância. Quando tinha 8 anos, foi
violada pelo namorado da mãe, o que levou a não falar durante 5 anos. Finalmente,
veio a superar esse problema com a ajuda de uma amiga da avó, a Sra. Flowers,
que lhe deu a conhecer o mundo dos livros e que lhe explicou que algumas obras
precisavam de ser lidas em voz alta. Maya era uma criança brilhante e tinha
boas notas na escola. Os livros e as palavras tornaram-se o seu porto de
abrigo, onde se sentia feliz e livre.
Na
adolescência, Maya foi viver para S. Francisco, onde obteve uma bolsa para
estudar Dança e Teatro. Foi a primeira motorista negra de um elétrico, sendo
esta uma das várias profissões que teve para suportar as despesas e criar
sozinha o seu filho.
Nos
anos 50, Maya tornou-se uma artista de sucesso e, na sequência do seu casamento
com o marinheiro grego Anastasios Angelopolus, adotou o pseudónimo "Maya
Angelou". Afirmou-se como atriz, cantora e dançarina em várias montagens
teatrais que percorreram o país, tais como “Porgy and Bess”, “Calypso Heatwave”,
“The Blacks” e “Cabaret for Freedom”.
Nos
anos 60, tornou-se amiga de Martin Luther King Jr. e Malcolm X. Dedicava toda a
sua energia ao seu trabalho enquanto Ativista dos Direitos Civis, lutando pela
igualdade de condições dos Afro-Americanos e tentando acabar com a violência
contra as mulheres. Também nos anos 60, viajou por África, onde trabalhou como
jornalista e professora, ajudando vários movimentos de independência africanos.
Em
1969, a sua autobiografia sobre os anos de infância e adolescência, “I Know Why
the Caged Bird Sings”, tornou-se o primeiro Bestseller de não-ficção escrito
por uma afro-americana.
Maya tornou-se uma estrela internacional –
escreveu inúmeras peças, guiões, ensaios, contos infantis, obras de poesia e
ainda cinco trabalhos autobiográficos acerca da sua vida fascinante. Dos 36
livros que escreveu 30 foram bestsellers.
Obteve
50 graus honoris causa e diversos
prémios literários, incluindo um Emmy pelo seu desempenho em Roots.
Aqui
fica a hiperligação para um registo vídeo em que a mulher que foi escritora,
atriz, guionista, bailarina, historiadora, viajante, professora, pioneira,
poeta, na verdade “uma mulher fenomenal”, diz o poema “Mulher Fenomenal”.
Angelou
morreu na manhã de 28 de maio de 2014. Embora tivesse sido relatada a sua saúde
debilitada e tivesse cancelado as aparições agendadas, ela estava a trabalhar
num outro livro, uma autobiografia sobre as suas experiências com líderes
nacionais e mundiais.
Siga a seguinte hiperligação para ouvir Maya Angelou a dizer o poema "Mulher Fenomenal"
Fontes:
Halligan,
C. (2018). Mulheres: 50 histórias
incríveis que mudaram o mundo. Lisboa: Minotauro.
Maya
Angelou. (2020, janeiro 19). Wikipédia, a enciclopédia livre. Retrieved
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