A
imagem de Jorge Amado que ficará, para sempre, guardada na nossa retina será a
de um homem informal, descontraído, bem-disposto e que não gostava de falar de
coisas tristes. Será também a imagem de um homem amante da vida, de um homem
que viveu e amou o povo - o povo das praças, dos morros, das vielas, dos becos,
das praias, dos terreiros de santos, das roças de cacau… E será, ainda, a
imagem do escritor que escolheu para personagens principais dos seus
livros jagunços, matutos, pescadores,
meninos de rua, prostitutas, lavadeiras do Senhor do Bonfim.
Tal
como ele próprio afirma em O Menino
Grapiúna “(…) Que outra coisa tenho sido senão um romancista de putas e
vagabundos? Se alguma beleza existe no que escrevi, provém desses despossuídos,
dessas mulheres com ferro em brasa, os que estão na fímbria da morte, no último
escalão do abandono. Na literatura e na vida, sinto-me cada vez mais distante
dos líderes e dos heróis, mais perto daqueles que todos os regimes e todas as
sociedades desprezam, repelem e condenam.”
Jorge Amado, o filho da Bahia, o escritor que
levou a muitos milhões de pessoas a mensagem de um Brasil esmagado pelo peso da
ditadura militar, mas que Amado revelou ser humana e culturalmente muito rico,
o Brasil do sertão Baiano.
No ano letivo de 2012/2013, por ocasião do centenário do seu nascimento, e
no âmbito do projeto “Tablet de chocolate”, a Biblioteca Escolar pretende, na 7ª edição da Semana da
Leitura, este ano centrada na temática do MAR, lembrar “O menino do
cacau”, “O cavaleiro da esperança”, “O cantor da baianidade”, “O libertador do
povo brasileiro”… enfim, lembrar e fazer amar Amado.
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