terça-feira, 24 de outubro de 2017

Leituras (Com)Prometidas suscita reflexão de alunos e professores sobre o tema dos refugiados


No âmbito do Plano de Ação ALer+, a Biblioteca Escolar desenvolveu mais uma atividade que visa a promoção da literacia e dos hábitos de leitura bem como a sensibilização de alunos e da comunidade escolar, em geral, para a problemática dos refugiados, levando-os a refletir e a debater sobre alguns problemas sociais e éticos.
Assim, a professora bibliotecária lançou o desafio à prof.ª de Português, Fernanda Gomes, para que com os seus alunos se abordasse as problemáticas inerentes ao tema dos refugiados, partindo da leitura do livro “Uma Terra Prometida”. 







Trata-se de uma coletânea de contos de vários autores, Afonso Cruz, José Fanha, Miguel Real, Ana Margarida de Carvalho, Filomena Marona Beja, de entre outros, organizada por José Jorge Letria, e que pretende, nas próprias palavras do organizador, “abordar um tema atual e motivador” e “homenagear todos aqueles que têm e tiveram de fugir à fúria das diversas barbáries caídas sobre a humanidade, abandonando a sua terra”.
O 1.º desafio foi lançado. Partir do primeiro conto, “Déjeuner sur l’herbe com alguém a afogar-se”, de Afonso Cruz, e criar uma leitura dramatizada do mesmo, apelando ao espírito artístico e teatral dos alunos do 9.º ano.
O título do conto impunha uma pequena incursão por uma outra forma de expressão artística – a pintura – para se “conhecer” a célebre obra de Édouard Manet “Déjeuner sur l’Herbe”, inicialmente apelidada “Le Bain”. Este quadro, que atualmente pode ser admirado no Museu do Louvre em Paris, foi rejeitado, em 1863, pelo júri do “Salon de Paris”, apesar de aquele normalmente aceitar nus em pinturas históricas e alegóricas. Neste caso, condenaram Manet pela colocação de um nu realista num ambiente contemporâneo.


Édouard Manet - Le Déjeuner sur L'herbe, 1863
óleo sobre tela - 208 x 264,5 cm – Musée d´Orsay, Paris



Depois de conhecerem o quadro, os alunos fizeram uma breve pesquisa sobre a situação dos refugiados – campos de refugiados, viagens para chegarem à Europa…Na biblioteca fez-se uma sessão onde se abordou estes assuntos e se debateu o próprio significado da palavra “refugiado”. Daí partiu-se para a leitura do conto e, em sala de aula, para um “brainstorming” para se chegar a uma leitura dramatizada do mesmo. Todos deram o seu contributo e muitas foram as ideias registadas e postas em prática.
O produto final, foi apresentado no dia 23 de outubro, Dia Internacional da Biblioteca Escolar, aos pais/EE dos alunos participantes e à comunidade escolar que, também, foi convidada a assistir.
Antes da intervenção dos alunos, houve lugar a uma explicação mais pormenorizada sobre o quadro que inspira o título do conto, feita pelo professor João Rosado, docente de História de Arte há muitos anos na nossa escola.

Convite enviado a pais/EE e a outros elementos da comunidade escolar





Os pais responderam ao convite e encheram a biblioteca onde assistiram com atenção e muito orgulho à leitura dramatizada feita pelos seus filhos/educandos. No final, passou-se um pequeno filme sobre a temática dos refugiados que, complementando a leitura, suscitou um pequeno debate entre os participantes.






quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

A Lenda de S. Valentim




Dia dos Namorados, uma lenda com tradição
 

A Igreja Católica reconhece pelo menos três santos com o nome de Valentim, todos eles martirizados pela Roma Antiga, e não é certo qual desses três será o "responsável" pela história que deu origem à lenda que fez nascer o dia dos Namorados.
A versão mais disseminada conta que, por alturas do séc. III, o Imperador Cláudio II, querendo formar um poderoso exército romano, decidiu proibir temporariamente a celebração de casamentos para garantir que os jovens se concentrassem mais facilmente na guerra e na vida militar.
Contudo, o bispo Valentim contrariou as ordens e continuou a celebrar casamentos, agora na clandestinidade. A afronta à vontade do Imperador levou a que Valentim acabasse preso e condenado à morte.
Até à sua execução, foi recebendo flores e bilhetes (o que explica a troca de postais, cartas e presentes, hoje em dia) enviados por anónimos como demonstração de apoio e consideração pela sua conduta.
A milagrosa história de amor
A filha do carcereiro de Valentim, que era cega, movida pela curiosidade, terá pedido para o visitar no cárcere e, mal se aproximou dele, recuperou a visão. Ambos se apaixonaram um pelo outro. Numa carta escrita à sua amada, o bispo ter-se-á despedido com a expressão “do seu Valentim”, que ainda é usada na língua inglesa (“valentine“) para designar namorado.
Mas esta história não tem final feliz: ainda segundo a lenda, a ordem de execução dada por Cláudio foi cumprida e Valentim acabaria por ser decapitado no dia 14 de fevereiro em finais dos anos 200 (séc. III).
Devido à indefinição e à falta de factos históricos comprovados para além de qualquer dúvida, a Igreja Católica não celebra oficialmente esta data. 
No entanto, o Dia de São Valentim é, cada vez mais, celebrado em várias partes do mundo a 14 de fevereiro. Num mundo, infelizmente, cada vez mais dominado pela violência e pela agressividade, vamos dar lugar de destaque ao Amor e à Emoção.