Kasimporquesim: Morcegos – vilões na pandemia, heróis das bibliotecas

domingo, 25 de outubro de 2020

Morcegos – vilões na pandemia, heróis das bibliotecas

Biblioteca do Palácio de Mafra

O Dia da Biblioteca Escolar assinala-se, como sempre, na última segunda-feira do mês de outubro, mês destinado a celebrar as bibliotecas escolares de todo o mundo. Num ano em que o tema é Descobrir caminhos para a saúde e o bem-estar com a biblioteca escolar, optámos por escolher um texto da Revista de Ciência Elementar da Casa das Ciências para as nossas Leituras de Porta em Porta do Dia da Biblioteca Escolar.

Numa altura em que a pandemia assume “novamente” proporções preocupantes para a humanidade, optámos por um artigo que dá a conhecer não só a origem do vírus, mas também aponta para uma questão que nos parece crucial neste momento – como evitar novas pandemias no futuro.

Segundo os peritos na matéria, a destruição dos ecossistemas das grandes florestas virgens, e a convivência com algumas espécies selvagens, com consequente contacto com novos agentes infeciosos, acabará por estar na origem da maioria das doenças provocadas por este e outros tipos de vírus.

Neste caso, tudo aponta para que os coronavírus – SARS-CoV tenham tido a sua origem em morcegos, na China.

Ora, aqui, confrontamo-nos com uma dualidade que considerámos interessante, no que às bibliotecas diz respeito. Por incrível que pareça, os morcegos são “aliados” de grandes bibliotecas como a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra e a Biblioteca do Palácio de Mafra. Aí, eles são os verdadeiros heróis que, durante a noite, se “ocupam” dos diversos insetos que, de outra forma, se dedicariam a comer o papel e a tinta e, portanto, acabariam por destruir magníficos manuscritos e outros documentos, alguns datados do século XIV.

Amanhã, 26 de outubro, Dia da Biblioteca Escolar, “homenageamos” esses pequenos mamíferos noctívagos que ajudam a preservar milhares de documentos em, pelo menos, duas das mais importantes bibliotecas do mundo.