A 7 de abril de 1893 nascia em S. Tomé e Príncipe aquele
que viria a ser um dos grandes vultos da cultura e, em particular do Modernismo
em Portugal -José de Almada-Negreiros.
Com apenas 3 anos ficou órfão de mãe e, com apenas 7 anos, o pai interna-o no Colégio Jesuítico de Campolide onde vem a fazer os seus estudos primários e liceais. Mais tarde, em 1910, com a Implantação da República, e consequente extinção do Colégio, passa pelo Liceu de Coimbra, onde só fica um ano e, depois ingressa na Escola Nacional de Lisboa. Entre 1919 e 1920, seguiu estudos de pintura em Paris, aí trabalhando como bailarino de cabaré e empregado numa fábrica de velas, redigindo na capital francesa muitos dos textos e grafismos que viriam a ser célebres, como o "autorretrato".
Com apenas 3 anos ficou órfão de mãe e, com apenas 7 anos, o pai interna-o no Colégio Jesuítico de Campolide onde vem a fazer os seus estudos primários e liceais. Mais tarde, em 1910, com a Implantação da República, e consequente extinção do Colégio, passa pelo Liceu de Coimbra, onde só fica um ano e, depois ingressa na Escola Nacional de Lisboa. Entre 1919 e 1920, seguiu estudos de pintura em Paris, aí trabalhando como bailarino de cabaré e empregado numa fábrica de velas, redigindo na capital francesa muitos dos textos e grafismos que viriam a ser célebres, como o "autorretrato".
Viveu entre 1927 e 1932 em Espanha, onde realizou
várias encomendas para particulares e públicos. No entanto, é a sua colaboração
no número 1 da revista Orpheu, em 1915, onde publica o texto Frizos,
que lhe dará a base de lançamento para uma postura iconoclasta (o Manifesto
Anti-Dantas, apresentado no mesmo ano, é modelar neste ataque generalizado
a uma intelectualidade convencional, burguesa e passadista), tornando-se um dos
principais representantes da vertente vanguardista do movimento modernista.
Folha de rosto da revista Orpheu - podemos ver o nome de Almada Negreiros no Sumário |
Em 1917, participa no projeto Portugal Futurista, publicando
nesse órgão do "Comité Futurista de Lisboa", que co-fundara, no mesmo
ano, com Santa-Rita, o Ultimatum Futurista às Gerações Portuguesas do Século
XX, texto que já tinha sido objeto de performance pública. Desenvolve
paralelamente uma intensa atividade artística, tendo colaborado, com grafismos
e com criação literária, em várias publicações, como Diário de Lisboa,
Athena, Presença, Revista Portuguesa, Cadernos de Poesia, Panorama, Atlântico,
Seara Nova…
"Pela sua obra plástica, que o classifica entre
os primeiros valores da pintura moderna; pela sua obra literária, que vibra de
uma igual e poderosa originalidade; pela sua ação pessoal através de artigos e
conferências - Almada-Negreiros, pintor, desenhador, vitralista, poeta,
romancista, ensaísta, crítico de arte, conferencista, dramaturgo, foi, pode
dizer-se que desde 1910, uma das mais notáveis figuras da cultura portuguesa e
uma das que mais decisivamente contribuíram para a criação, prestígio e triunfo
de uma mentalidade moderna entre nós". Assim apresenta Jorge de Sena, no
primeiro volume das Líricas Portuguesas, o homem que, com Fernando
Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, mais marcou plástica e literariamente a evolução
da cultura contemporânea portuguesa.
Almada
Negreiros, Retrato de Fernando Pessoa, 1964. Coleção Centro de
Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
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Almada
Negreiros, Banhistas, 1925. Coleção Centro
de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
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Não deixe de ver o ouvir o grande Mário Viegas a dizer
“Manifesto Anti-Dantas”.
Siga o link:
https://www.youtube.com/watch?v=Izz4aoZ1Bsw
Fontes:
-
Infopedia. (2020, 6 abril). Almada Negreiros. Disponível em
-
Portal da Literatura (2020, 6 abril). Almada Negreiros. Disponível em
Grande artista irreverente e original!
ResponderEliminarÉ importante a BE/CRE da EBSGB continua a estimular a leitura.
ResponderEliminar#VaiFicarTudoBem